A Universidade Metodista, em São Bernardo, tem até esta sexta-feira (10) para apresentar proposta ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o pagamento dos salários atrasados e acerto do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), atrasado desde 2015, aos professores e auxiliares. A mobilização atinge o 13º dia e conta com adesão de 90% dos docentes, cerca de 350 professores dos três campi.
Nesta quinta-feira (9) aconteceu a primeira audiência no MPT, em São Bernardo. Na ocasião, representantes da universidade compareceram à assembleia e os professores relataram os problemas de regularização dos pagamentos atrasados, FGTS e não cumprimento da convenção coletiva, que prevê, vale-alimentação e outros benefícios. Na ocasião, não houve consenso entre as partes.
O presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro ABC), Jorge Maggio, afirma que a universidade tem apresentado falhas no pagamento desde o ano passado, e que os únicos salários completos pagos foram em dois meses de 2018. “O salário não pode vir pingado assim, temos professores que fizeram empréstimo e sequer conseguem pagar. Sem proposta, a categoria permanecerá mobilizada”, avisa.
O Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar (SAAE-ABC), que representa os mais de 700 profissionais não docentes da Metodista – que também estão com salários atrasados – participou da audiência dos docentes. Após a unificação das denúncias ao MPT, a universidade também foi cobrada a apresentar proposta aos auxiliares até sexta-feira (10).
“Segundo a equipe de Recursos Humanos (RH) da Metodista, já negociaram com a Caixa para fazer o pagamento do FGTS, mas falar é fácil, queremos ver na prática”, reclama Donisete Gimenes Angelo, presidente do sindicato ao acrescentar que parte dos funcionários recebeu salários parciais na última quinta-feira (9).
Se a categoria não concordar com a proposta apresentada na sexta (10), nova assembleia acontece no sábado (11), às 10h, na Praça dos Meninos, em São Bernardo.
O Sinpro ABC divulgou nota última quinta-feira (9) como forma de resposta ao comunicado enviado aos alunos da Metodista no mesmo dia. De acordo com os docentes, o comunicado da instituição “mente e desrespeita categoricamente os docentes”. Segundo o comunicado enviado pela instituição, os salários estão integralmente em dia, exceto os vencidos em maio, o que de acordo com os representantes dos professores não é verdade. “Os salários de março foram parcialmente pagos e somente alguns docentes receberam, o restante ainda segue em atraso”, diz o presidente do sindicato.