Bradesco retira Greenfield de lista de riscos informada a investidor dos EUA

O Bradesco retirou a “Operação Greenfield” da lista de riscos relacionadas à atividade do banco. A exclusão ocorreu no documento enviado nesta terça-feira, 30, pela instituição financeira aos investidores norte-americanos, o chamado formulário 20-F. No relatório distribuído há um ano, o Bradesco mencionava potencial risco relacionado à operação deflagrada em 2016 por supostas fraudes em fundos de pensão de estatais.

No ano passado, o Bradesco mencionava no documento enviado à SEC (autoridade do mercado dos Estados Unidos) que algumas subsidárias, como a Bradesco Asset Management e a Bradesco Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, assim como os administradores dessas casas “foram mencionados pela Polícia Federal na Operação Greenfield por terem sido responsáveis pela administração e gestão do chamado Fundo de Investimento em Participações (FIP Enseada)”.

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Na época, o banco alertava que o caso poderia “afetar negativamente nossa reputação, condição financeira e resultados das operações”. Esse risco, porém, foi retirado do documento enviado aos investidores nesta terça.

Operação Zelotes

O documento do Bradesco conhecido no período da manhã desta terça-feira manteve, porém, o risco relacionado à outra operação, a Zelotes. “Podemos estar sujeitos a consequências negativas do processo judicial decorrente da Operação Zelotes, incluindo o ajuizamento de uma ação coletiva”, cita o documento.

Essa operação investiga suposto esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

Sobre essa operação, o documento traz avaliação muito parecida à feita um ano antes. O texto cita que o banco foi intimado pela Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda e o processo administrativo “pode implicar a aplicação de multa contra nós e/ou menção em listas públicas que podem eventualmente trazer restrições em negócios com entes públicos”.

Macroeconomia

O documento ainda menciona riscos relacionados à macroeconomia. Nesse trecho do texto, repete a percepção feita um ano antes de que “atual fragilidade das condições macroeconômicas brasileiras e a percepção do mercado de certos riscos econômicos, políticos e de incertezas relativas ao Brasil, incluindo investigações anticorrupção de grande repercussão, podem ter um efeito adverso significativo sobre nossa situação financeira e o resultado das nossas operações”.

Reforma da Previdência

Sobre a reforma da Previdência, o documento menciona apenas que a equipe econômica entregou a proposta de reforma em fevereiro de 2019 e que há expectativa do governo de votar o texto ainda 1º semestre.

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