Anunciado na última terça-feira (23), como o líder de governo de Alaíde Damo (MDB) na Câmara de Mauá, o vereador Chico do Judô (Patriota) afirma que só se manterá no cargo enquanto houver apoio dos colegas de Parlamento. Em entrevista ao RDtv, na última quinta-feira (25), o legislador afirmou que a nova gestão mauaense pediu aos parlamentares 30 dias para saber qual é a real condição do município que busca deixar de lado as crises política e econômica.
Ex-secretário de Serviços Urbanos durante a gestão de Atila Jacomussi (PSB), o experiente político considerava que com a chegada em definitivo de Alaíde ao comando do Paço de Mauá a sua volta ao primeiro escalão estaria certa. Porém, por pedido não apenas da emedebista, mas também dos colegas vereadores acabou assumindo a função de interlocutor entre os dois poderes.
“Se não tivesse esse apoio dos vereadores eu não aceitaria, pois, não valeria a pena aceitar isso. Os vereadores estavam perdidos durante todo esse tempo de crise, pois, você conversava com um prefeito, combinava projetos, mas depois tudo mudava. Entrava a prefeita, mas depois saia novamente. Ninguém sabia com quem conversar”, explicou Chico.
Durante o governo de Atila, dois vereadores ocuparam a função. O primeiro foi o Professor Betinho (DC) que deixou a liderança após problemas de interlocução junto ao núcleo duro do socialista. Na sequência Fernando Rubinelli (PDT) foi empossado como líder, mas sua passagem pelo posto durou pouco, pois, se iniciou a crise com as prisões do ex-prefeito em operações da Polícia Federal.
Apesar do retorno de Jacomussi, o Legislativo ficou sem o interlocutor, pois, o processo de cassação foi iniciado. Com a chegada de Alaíde, Chico acabou empossado. Em seus primeiros dias na função já participou de uma reunião entre vereadores e a prefeita, além de acompanhar Alaíde em várias pautas externas.
“Agora chegou o momento de entender o que pode ser feito pela cidade. Temos que deixar de lado tudo que aconteceu e trabalhar, mudar essa cultura que colocada em Mauá. A melhor parte é que os vereadores entenderam isso. Durante a reunião não houve pedido de cargos e a prefeita pediu um tempo para que pudesse conhecer a máquina e saber o que pode ou não fazer. Temos que lembrar que estamos em um momento muito difícil”, disse o líder de governo.
Chico do Judô considera que o atual governo mauaense deve focar em programas que são possíveis de manter em áreas consideradas base como Saúde, Educação e Zeladoria. Atualmente a cidade tem uma dívida consolidada de R$ 1,1 bilhão, segundo os dados no 3º quadrimestre de 2018. Sua capacidade de endividamento é de 120,9%, percentual 0,9% acima do que permite a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).