Na sessão desta quinta-feira (18/04) os vereadores de Diadema voltaram a falar de falhas no sistema de comunicação nas viaturas da Guarda Civil Municipal, que teve início na primeira semana de abril. O vereador Josemundo Dario Queiroz, o Josa (PT) usou a tribuna para falar sobre um vídeo que a prefeitura produziu em que trata o assunto da falha dos rádios como fake news.
O petista criticou a elaboração do vídeo e disse que foi gasto recurso que poderia solucionar o problema. “O contrato já vem há um ano com atraso. A Secretaria de Defesa Social, em vez de repactuar o contrato vigente, fez outro de emergência. Os nossos guardas estão trabalhando utilizando seus aparelhos celulares. A prefeitura deu uma resposta rápida, preparou um vídeo, filmado com drones, mostrando que está tudo sob controle, em vez de encarar o problema e resolver tamparam o sol com a peneira, enganaram a população”, disse Josa.
O vereador governista Márcio Júnior (PV) disse que o problema vem das antenas de transmissão que tiveram problemas, mas que isso já foi resolvido. Já a prefeitura, em nota, disse que os rádios estão funcionando . “A Assessoria de Imprensa informa que o contrato com a empresa RAMC dos rádios transmissores, continua vigente e em vigor. Alguns aparelhos precisaram de manutenção, por motivo de falha técnica. Hoje estão sendo reinstalados nas viaturas”, informou a administração.
GCMs concordaram em falar com o RD, com a condição de que seus nomes não fossem revelados. Eles disseram que desde a primeira semana de abril os rádios das viaturas estão mudos e quem se levanta contra a situação é punido pelo comando da corporação. “Tem viatura que fica estacionada em ponto fixo durante toda a noite sem nenhum tipo de comunicação, se acontecer alguma coisa, ou um tiroteio vai avisar quem? Se reclamar é punido, colocado em outra função”, disse um dos guardas. Outro reclamou do vídeo que a prefeitura fez. “Usaram as mesmas viaturas em pontos diferentes da cidade, pararam o trabalho dos guardas para fazerem o vídeo”, critica. Ainda segundo os guardas “a ordem é para ir para a rua mesmo sem rádio. O GCM pode perder a vida e eles não estão nem aí. Até para abrir talão e empenhar viatura nós temos que usar nossos próprios celulares”, reclama um dos guardas.