Mais que processo de cassação contra o prefeito Atila Jacomussi (PSB), os vereadores de Mauá decidiram o futuro político do município nesta quinta-feira (18). Como espécie de terceiro turno municipal, mas com os “candidatos” oriundos da mesma chapa. Além disso, vão ter de levar em contas os possíveis traumas que o resultado pode causar.
Sim, a decisão é política. O julgamento de casos do tipo dificilmente leva em conta questões jurídicas e isso ficou mais do que claro. Mas os vereadores devem levar em conta as consequências deste julgamento, independente do resultado, para que a população mauaense não continue a pagar o pato por toda a crise que se instalou em Mauá desde 9 de maio de 2018.
Caso haja a cassação, os vereadores terão de aprender a conviver com Alaíde Damo (MDB), vice-prefeita, que já demonstrou que não quer dar muita bola para o Legislativo, principalmente após a segunda gestão interina. Os dois lados terão de esquecer as diferenças e fazer com que a cidade ande o máximo possível para que o próximo gestor possa governar.
Se a decisão for pela absolvição, é necessário tomar o mesmo caminho, mas neste caso com pouco mais de cobrança para que o trauma de um processo do gênero não seja superlativo. A população não aguenta mais ter de esperar por benfeitorias. O julgamento desta quinta-feira (18) deve ser já com olhos lá no horizonte.
Quando se fala em pensar lá adiante não é invenção de um terceiro turno como se apresenta. Os interesses dos políticos de Mauá não podem ficar na frente dos da população. Chega de briga com politicagem. Os dois lados ainda têm muito a responder para a população sobre as encrencas investigadas pela Polícia Federal, e não podem esquecer, porque o eleitor vai cobrar.