Para ajudar a população de baixa renda a regularizar os imóveis o SEESP-ABC (Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo – Delegacia Regional do ABC) lança este ano o Pró-More (Programa de Moradia Econômica) que vai oferecer assistência técnica para obtenção da escritura do imóvel. A iniciativa vai envolver prefeituras e universidades da região.
O projeto já funciona em Bauru, Rio Claro, Ribeirão Preto e Campinas, mas se alcançar todo ABC será o maior do Estado. “A intenção é levar para as sete cidades, e já temos conversas avançadas com São Bernardo e Santo André”, anuncia o diretor do SEESP–ABC, Helton Alves da Costa, que coordenará a ação.
O programa vai atender pessoas com renda de até três salários mínimos, que comprovem com documentação a propriedade da área e vale tanto para regularizar obra existente como para reformar e ampliar o imóvel. Através do convênio com universidades, o SEESP–ABC vai usar estagiários supervisionados por engenheiros no processo de elaboração de plantas. Outra restrição é que o projeto compreende imóvel de 70 m2, no caso de construção nova, e de até 30 m2 para ampliação.
Para atender a demanda por meio do convênio com universidades o SEESP ABC vai usar estagiários no Pró-More. “É uma forma de atender a uma demanda social, e também de inserir os estudantes, os recém-formados e aqueles que querem retomar a profissão”, aponta Costa.
“A demanda na nossa região é muito grande, pois hoje as prefeituras fazem a regularização fundiária, mas somente do terreno, não da edificação e esse é nosso objetivo. Queremos que esse programa comece ainda este ano. A ideia é pegar as sete cidades, assinar convênio com as faculdades e fazer o chamamento de engenheiros para dividir as cidades em zonas. Não há ainda valor definido de quanto o morador terá de pagar, mas será um valor bem popular, aproximadamente R$ 300, que é o que se cobra em Bauru, onde o programa existe desde 1988”, detalhou o diretor do SEESP-ABC.