A Secretaria de Saúde do Estado publicou na edição do Diário Oficial desta quinta-feira (4), o despacho que reinicia o processo de convocação pública para a contratação da Organização Social de Saúde (OSS), responsável pelo serviço prestado na unidade de Diadema da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que está com o espaço construído desde 2018.
Segundo o documento emitido, houve manifestação do coordenador de Gestão de Contratos de Serviços de Saúde (não identificado) que apresentou elementos sobre o processo iniciado em 23 de outubro do ano passado, quando apontou problemas (não detalhados). Além disso, o fato de apenas a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) ter apresentado o plano operacional em tempo hábil fez provocou o cancelamento da convocação de 2018 e o início de um novo chamamento para atrair mais OSS.
O assunto virou pauta durante a sessão da Câmara em Diadema. Em meio ao debate sobre as necessidades de investimento na área da saúde, o vereador Marcos Michels (PSB) avisou aos demais vereadores sobre o reinício do chamamento público em relação ao Lucy Montoro. “Está tudo pronto para começar e mais uma vez tem uma demora”, resumiu o socialista.
Para Josa Queiroz (PT), o problema é resultado do cenário eleitoral de 2018. “Temos de lembrar que o (prefeito) Lauro (Michels PV) não apoiou o (governador) João Doria (PSDB), o João Trabalhador, mas sim o Márcio França (PSB) e agora a cidade ficará para trás em relação às demandas que precisamos junto ao governo do Estado, não podemos nos enganar”, afirmou.
Histórico
A intenção do governo do Estado em implantar o Lucy Montoro na região foi anunciado em 2013. A princípio seriam duas unidades, uma em Santo André e outra em Diadema, mas apenas a última está a caminho. A obra começou pouco tempo depois, porém, houve falência das construtoras que venceram a licitação, o que atrasou a construção no segundo andar do Quarteirão da Saúde, na região central.
Em março de 2018, o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a entrega da obra que, na verdade, só ficou realmente pronta no segundo semestre. Desde então, era aguardada a finalização do processo licitatório, o que não aconteceu.
Além do Lucy Montoro, em dezembro do ano passado França assinou decreto que iniciava o processo para instalação de unidade do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) para o lugar do Quarteirão. O convênio foi cancelado com a chegada da nova gestão estadual.