A dívida entre a Prefeitura de Mauá e a Fundação do ABC voltou a ser motivo de discórdia para a assinatura da TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Em entrevista ao RD, na última segunda-feira (1), o prefeito Atila Jacomussi (PSB) relatou a discordância sobre a forma de contratação de uma empresa para realizar a auditoria sobre o valor devido para a Organização Social de Saúde (OSS).
Quando questionado sobre os últimos detalhes sobre a assinatura da TAC, Atila iniciou as criticas. “Primeiro temos que saber qual é o valor da dívida realmente e para isso tem que ser feita a contratação através de uma licitação pública, não pode a Fundação escolher quem vai fazer a apuração disso e nem a Prefeitura, tem que se abrir uma licitação pública para que uma das empresas que vão participar possam fazer toda essa contabilidade sobre essa dívida para que se saiba qual é o montante”, afirmou.
O valor divulgado pela Fundação do ABC em 2018 foi de R$ 120 milhões, porém, o comando do Paço mauaense alega que na verdade o valor é de cerca de R$ 40 milhões. Tal situação acabou se agravando durante a primeira gestão interina de Alaíde Damo (MDB) quando o contrato foi finalizado e por dois meses sem qualquer tipo de contrato.
Além da dívida, existe ainda o imbróglio sobre o serviço prestado na rede pública de Mauá. Um relatório chegou a ser enviado para o chefe do Executivo local e o documento apontava uma série de irregularidade em contratações e em algumas ações que não foram realizadas.
“Não podemos manter um casamento desgastado e quem está sofrendo são os filhos, neste caso, meus filhos é o povo que tem que ter um bom atendimento”, disse Atila Jacomussi ao finalizar tal ação. Ainda não há data para qualquer tipo de posicionamento sobre a assinatura da TAC.
Procurada pela reportagem, a FUABC se limitou a dizer que “espera que o município de Mauá cumpra o “Termo para manutenção de serviços e formalização de relação jurídica entre o município de Mauá e a Fundação do ABC com o devido ajustamento de conduta procedimental”, assinado entre as partes em 5 de dezembro de 2018”.