Durou cerca de 20 minutos a oitiva do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), na comissão que avalia o pedido de cassação de seu mandato por vacância do cargo. Durante o depoimento realizado nesta segunda-feira (1), o socialista respondeu apenas perguntas de seus advogados defesa e mais uma vez afirmou que não houve dolo para deixar o cargo durante sua segunda prisão. Houve reclamação interna sobre a não presença de munícipes para acompanhar o depoimento.
Atila chegou 15h50 na sede da Câmara, 10 minutos antes do horário combinado. Antes de iniciar o seu depoimento, houve um debate sobre a presença ou não de munícipes, assessores e profissionais da imprensa para acompanhar o ato. Diferente das demais oitivas, apenas os membros da comissão, advogados da Casa e do prefeito puderam participar.
Sobre o depoimento, Atila afirma que tudo foi feito “com tranquilidade” e reafirmou que foi “surpreendido” com a decisão judicial que culminou na sua prisão em 13 de dezembro do ano passado. “Tudo isso foi provado, pois após 63 dias após o ocorrido (a prisão) retornei sem qualquer tipo de problema para a Prefeitura”, disse o socialista.
Na próxima quarta-feira (3), acontecerá o segundo depoimento do prefeito mauaense, desta vez para a comissão que avalia o pedido de cassação por quebra de decoro em decorrência do que foi apresentado na operação Trato Feito, da Polícia Federal, que também envolve como suspeitos 21 dos 23 vereadores, inclusive todos que participam das duas comissões.
“Estou muito tranquilo, pois quem não deve não teme. Vamos responder a todas as perguntas que serão feitas. Temos que ter muita tranquilidade e sei que vamos provar a minha inocência tanto na Câmara quanto na Justiça, pois já foi provado que não houve qualquer irregularidade com a questão da merenda”, disse o prefeito relembrando o apontamento feito na operação Prato Feito, que culminou em sua prisão por 37 dias entre maio e junho do ano passado.