Santo André é a cidade do ABC que mais recebeu turistas nos últimos dois anos, a maior parte gerada no polo de atração turístico de Paranapiacaba e no Sabina Parque Escola. Agora a cidade quer aproveitar também a capacidade de atrair o turismo industrial, aquele basicamente formado por estudantes e todo o meio acadêmico interessado em conhecer os processos produtivos. Para isso cidade deu início nesta segunda-feira (01/04) a uma nova etapa de investimento turístico; três empresas do ramo petroquímico assinaram, junto com o prefeito Paulo Serra (PSDB), o termo que dá início ao Projeto Turismo Industrial e de Inovação. A expectativa é atrair outras empresas para adesão ao projeto e espera-se de 500 a 1000 visitas por ano às empresas instaladas na cidade.
As três empresas que assinaram o termo são a Unipar (antiga Solvay), a Rhodia e a Braskem, indústrias que já dispõem de programas próprios de visitação às instalações fabris. Agora a prefeitura vai, após a divulgação do programa de visitação, agendar as visitas a estas indústrias e outras que se interessem pelo programa. “Santo André foi a cidade que mais recebeu turistas em 2018 no ABC, mas um turismo convencional, por conta da Vila, que só no Festival de Inverno teve mais de 80 mil pessoas e agora teremos o dobro dos trens já que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), anunciou que o trem turístico vai para a Vila também aos sábados. Temos também o Sabina que é outro polo atrativo da cidade, que é um grande espaço de ciência, tecnologia e aprendizado e que recebe 10 mil visitantes por mês”, comentou Paulo Serra sobre o setor.
O tucano também destacou a estrutura que Santo André oferece ao turista, como a rede hoteleira e a gastronomia. “Foi de forma não planejada, hoje a gente redescobre essa vocação, de polo gastronômico e de rede hoteleira e isso potencializa esse próximo passo que é o turismo industrial. A gente avalia que esse braço pode ser importante para atrair visitações e investimentos. Temos fábricas de pneus na cidade e também grandes outras plantas que podem despertar interesse “, conclui o prefeito.
O gerente de produção da Unipar, Airton Andrade, disse que a empresa tem o projeto de visitação, denominado Fábrica Aberta, desde 1984 e quando adquiriu a planta da Solvay em Santo André, trouxe esse programa. “A ideia é tirar o estigma de que a indústria química é poluente. 500 mil pessoas já visitaram nossas fábricas”. Renato Boaventura, da Rhodia, acrescentou que não há resistência das empresas em mostrar sua produção, há preocupação com a segurança dos visitantes, por isso é criado um roteiro específico. O governo e os diretores das empresas esperam atrair também o interesse de empresários nestas visitas, fomentando o turismo de negócios.