Revalidar e/ou solicitar o Passe Livre Escolar – BOM, da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), que garante desconto em até duas conduções diárias, se tornou desafio para muitos estudantes de Santo André. Somente nesta semana, a equipe do RD recebeu reclamações de três estudantes que enfrentam dificuldades para revalidar o benefício.
O primeiro caso foi de Stephany Torres, estudante da Etec (Escola Técnica do Estado) Júlio de Mesquita, em Santo André. Moradora da Vila Prudente (SP), Lucinéia Torres, mãe da aluna, alega ter feito o pagamento da taxa anual para renovação mas afirma que a solicitação foi recusada quatro vezes. Na última tentativa, Lucinéia diz que o site apresentou mensagem de devolução da taxa anual e desde então sua filha segue sem cota liberada. Sobre o caso, a EMTU afirma ter emitido liberação do Passe Livre para a estudante e alega que o benefício será liberado ainda nesta semana.
Quem também enfrentou dificuldade para fazer a revalidação do benefício foi Nicolas Jardim Braga, aluno da E.E Professor Oscavo de Paula e Silva, em Santo André. A mãe do estudante e dona de casa, Maura Maria Jardim Braga, relata que até o ano passado, o filho utilizava o passe normalmente, no entanto não conseguiu revalidação para este ano. “Pagamos a taxa duas vezes, mas até agora ele segue sem o cartão e sem o estorno de um dos pagamentos”, afirma.
Sobre o caso, a EMTU informa que de acordo com Regulamento do Passe Escolar, a utilização em trecho municipal (embarque e desembarque) não dá direito ao Passe Escolar, portanto a revalidação de Nicolas não será efetivada. A respeito do estorno, a empresa informa que o responsável deve imprimir notificação de reembolso no site www.emtu.sp.gov.br/passe para receber devolução do valor pago.
Já no caso de Eliene de Jesus Oliveira, mãe de Marcela Costa, também estudante E.E Professor Oscavo de Paula e Silva, o problema de revalidação de benefício acontece desde janeiro, quando a aluna fez a primeira solicitação. “Cada vez que solicitamos a EMTU coloca um obstáculo diferente”, diz. Segundo a mãe, o primeiro pedido foi comprovante de endereço, e como a família mora em residência alugada, enfrenta dificuldade de liberação. “Depois que conseguimos, solicitaram comprovante de escolaridade, coisa que a escola deveria fornecer internamente para a empresa”, acrescenta.
Sem liberação da cota, pais e responsáveis alegam comprometer a renda familiar para que seus filhos possam continuar os estudos sem causar defasagem por conta das dificuldades de renovação. “Não tem como deixar nossos filhos sem estudar. Temos que ajudar já que a empresa não resolve”, afirma Eliene.