As torneiras são abertas e quase nada de água, na maioria das vezes, apenas o ar que faz com que os relógios funcionem normalmente. Moradores do bairro Itapark, em Mauá, reclamam que estão sem água há cinco dias. O problema é recorrente desde o início do ano. Apesar de afirmar que obras estão sendo feitas, a Sama (Saneamento Básico de Mauá) não dá prazo para o retorno.
“Abro a torneira e é só o ar que passa. O pessoal do bairro, do Morro do Careca, todo mundo sem água. Às vezes aparece de madrugada, mas é muito pouco. O pessoal paga uma conta alta para não ter água na torneira. Nós já entramos em contato com os caras (Sama), mas não respondem nada, não realizam uma fiscalização”, explicou Antônio Carlos Soares, conselheiro da Saúde.
Soares enviou para o RD uma série de vídeos que mostram as reclamações dos moradores, entre elas, o impedimento para tomar banho, dar descarga e lavar roupa e louça. “Tem dia que não dá para tomar banho”, reclamou um morador identificado apenas como Gustavo. “Só tem água de língua”, ironizou outro munícipe de nome Antônio.
Desde o início do ano as reclamações são constantes no município, principalmente em relação aos bairros mais altos que sofrem com a falta de bombeamento de água. Na época, a explicação dada pela Sama era em relação ao consumo alto e o baixo nível dos reservatórios que abastecem a cidade, fatos que prejudicavam as desapropriações.
Indagados sobre os problemas relatados pelos moradores do Itapark, a comunicação da autarquia municipal afirma que existe uma obra acontecendo na Vila Claudia, que consiste na substituição de mais de 430 metros de antigos tubos de ferro, que ficaram deteriorados pelo tempo, por tubos de PVC. “Um material plástico que assegura mais qualidade e mais pressão na distribuição de água. Mais de 150 famílias são beneficiadas”.
Apesar do aviso, a troca da tubulação “não causam problemas no abastecimento da região”. A intervenção será finalizada no final de semana. No mais, a autarquia continua usando o consumo elevado e o calor como motivações para o baixo nível dos reservatórios e que por consequência causam as intermitências no abastecimento. “Trabalhamos constantemente para equalizá-los sempre o mais breve possível”.