Juros exibem viés de baixa, após alta pontual com dólar no radar

Os juros futuros exibiam viés de baixa, após terem subido pontualmente acompanhando o dólar ante o real. A desaceleração das taxas futuras segue também o enfraquecimento na manhã desta sexta-feira, 15, do dólar, depois da moeda ter registrado suas máximas mais cedo em meio a uma grande saída de capitais que seria de um fundo estrangeiro, de acordo com profissionais de câmbio.

No começo da sessão, os agentes de renda fixa fizeram a leitura da Pesquisa Mensal de Serviços e do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de março, e mantêm a reforma da Previdência no foco.

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Segundo esses profissionais, a aceleração do IGP-10 de março não altera a percepção de inflação sob controle a exemplo do avanço do IPCA de fevereiro. Sinais mais claros sobre a visão do Banco Central para a inflação são aguardados no comunicado da decisão do Copom na próxima quarta-feira.

A expectativa majoritária do mercado é de manutenção da taxa em 6,50% este ano, mas após o arrefecimento dos preços de serviços do IPCA e do resultado fraco da produção industrial voltou a aparecer também na curva de juros uma precificação residual de corte da taxa.

O IGP-10 subiu 1,40% em março, após ter aumentado 0,40% em fevereiro, acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,80% e 1,39%, com mediana positiva de 1,23%.

Já os dados do setor de serviços vieram abaixo da mediana das expectativas do mercado. O volume de serviços prestados encolheu 0,3% em janeiro de 2019 ante dezembro de 2018, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. No mês anterior, o resultado foi revisto de uma alta de 0,2% para aumento de 1,0%. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,40% a um avanço de 0,70%, com mediana positiva de 0,20%.

Na comparação com janeiro do ano anterior, houve alta de 2,1% em janeiro de 2019, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de avanço de 0,20% a 2,70%, com mediana positiva de 1,80%. A taxa acumulada no ano foi de 2,1%. Em 12 meses, houve elevação de 0,3%.

Às 10h31, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 6,96%, ante máxima em 7,06%, de 6,97% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 indicava 8,07%, ante máxima em 8,14%, de 8,08% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 caía a 8,58%, ante máxima em 8,67%, de 8,61% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista recuava 0,29%, a R$ 3,8377. O dólar futuro para abril caía 0,16%, aos R$ 3,840.

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