Jovem morre após ação da PM em carnaval de São Luiz do Paraitinga

O adolescente Gabriel Henrique Alves Galhardo, de 16 anos, morreu após intervenção da Polícia Militar para separar uma briga, no final da noite desta terça-feira, 5, no carnaval de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo. Testemunhas afirmaram que o adolescente foi agredido com cassetete por policiais. Os golpes o derrubaram e, na queda, ele bateu a cabeça. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar a morte. A PM também instaurou inquérito policial militar.

O carnaval das marchinhas de São Luiz do Paraitinga é um dos mais badalados do interior e, este ano, atraiu quase 100 mil pessoas. Galhardo, que morava em Taubaté, cidade da região, acompanhava uma banda na Praça do Coreto, quando começou uma briga generalizada, por volta das 23 horas.

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Conforme testemunhas, o adolescente não participava da briga, mas tentava retirar um amigo da confusão quando a PM interveio. Os policiais usaram cassetetes e spray de pimenta para conter a confusão. Gabriel teria sido golpeado na parte superior do crânio e caiu, batendo a cabeça na calçada. Ele foi levado para o hospital da cidade, mas não resistiu.

De acordo com a SSP, o caso foi registrado como morte suspeita pela Polícia Civil de São Luiz do Paraitinga, que solicitou laudos periciais e segue com as investigações. Imagens das câmeras de segurança instaladas na praça já foram requisitadas. A Polícia Militar informou ter atuado para separar uma briga generalizada e que também apura a ação de seus agentes.

Em nota, a prefeitura lamentou a morte do adolescente e se solidarizou com a família. Informou ainda que todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança do evento e que acompanha a investigação do caso.

O corpo de Gabriel estava sendo velado por familiares e amigos, nesta quarta-feira, 6, em Taubaté. O sepultamento estava previsto para as 16h30, no Cemitério Colina da Paz. A página do adolescente na rede social Facebook foi transformada em memorial. A família da vítima fez contato com um advogado para acompanhar as investigações da polícia.

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