O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e a Sabesp não se entendem quando o assunto é falta de água. Primeiro a autarquia municipal veio a público na quarta-feira (27), por meio de comunicado nas redes sociais e no site da autarquia, para informar que a falta de água em alguns bairros teria sido motivada pelo fornecimento irregular por parte da companha estadual, Sabesp, que por sua vez emitiu nota em que desmente a companhia municipal.
No comunicado desta quarta-feira, o Semasa informou que “os reservatórios abastecidos pelo Sistema Rio Claro, da Sabesp, estão desde a tarde de hoje, deficientes em decorrência da intermitência no envio de água por parte da companhia estadual. Segundo a Sabesp informou ao Semasa, falhas elétricas estão dificultando a transferência de água do aqueduto Rio Claro até a estação elevatória do Sapopemba. Os reservatórios de Santo André atingidos pelo problema são: Erasmo Assunção, Gerassi, Camilópolis, Vila Suíça e Progresso”.
Nesta quinta-feira (28), a Sabesp negou qualquer dificuldade e sustentou que enviou água suficiente para o município. “A Sabesp informa que não houve evento que afetasse o envio de água para o município de Santo André nos últimos dias. A média mensal de envio de água está acima do mesmo período de 2018. Ontem, 27/2, a companhia forneceu 2.203 litros por segundo ao município. Essa quantidade de água é mais do que suficiente para atender toda a população de Santo André”, disse a estatal em nota.
Indagado pelo RD, o Semasa desmente a Sabesp e diz que o volume de água é menor do que a estatal informa. “O controle de vazões de entrada de água é monitorado 24 horas pela autarquia. De acordo com este monitoramento, é possível verificar que o envio de água por parte da Sabesp em 27/2 ficou abaixo da média, em torno de 1.700 l/s, no período das 10h30 às 16h. Assim, a partir das 16h, os reservatórios que recebem água do Sistema Rio Claro, passaram a apresentar intermitência no fornecimento. O problema da redução do envio de água, no período, foi ocasionado por problemas técnicos da Sabesp, que informou a área técnica do Semasa. A situação do envio de água foi normalizada a partir da 0h desta quinta-feira, quando a vazão enviada pela companhia estadual ficou novamente dentro da média acordada”, informou a autarquia municipal através de sua assessoria de imprensa. O novo presidente da autarquia, Almir Cicote, não foi localizado para comentar o assunto.
Ainda de acordo com o Semasa, são necessários 2.300 l/s, em média, de água para atender a todo o município de forma satisfatória, e é necessário que esta vazão seja enviada durante as 24 horas de forma regular.