Dias de calor aumentam a incidência de candidíase, uma infecção na região vaginal causada por um fungo, a Candida albicans, que atinge três em cada quatro mulheres pelo menos uma vez ao longo da vida.
Mulheres precisam redobrar os cuidados com a higiene íntima, pois o fungo se manifesta quando há variação da acidez vaginal. “A vagina é habitada por bactérias e fungos, que compõem a flora vaginal. Se houver algum desequilíbrio, tanto na flora quanto no sistema imune da mulher, pode ocorrer uma proliferação dos fungos causando a candidíase”, esclarece a ginecologista Juliana Pierobon.
Os principais sintomas da doença são ardor e coceira na região vaginal e um corrimento de cor esbranquiçada. Para prevenir, cuidados básicos devem ser tomados. “As mulheres devem evitar manter o biquíni molhado no corpo por muito tempo, evitar o uso de roupas em tecido sintético, principalmente nos dias mais quentes. Usar roupas leves, de tecidos naturais, que facilitem a ventilação nesta região. O fungo pode se proliferar na flora vaginal devido ao uso de antibióticos ou corticóides sistêmicos, que podem desbalancear a flora”, orienta a médica.
Uma opção para tratar a doença é o uso de antifúngicos à base de clotrimazol ou fluconazol, na forma de creme vaginal, comprimido vaginal ou via oral. Os antifúngicos eliminam o fungo restabelece o equilíbrio da flora. A posologia varia em cada caso. Não é necessário fazer tratamento dos parceiros, pois não se trata de uma DST.
“É importante localizar a causa da candidíase para evitar que ela se manifeste novamente. Quando a doença é recorrente, deve-se investigar a possibilidade de diabetes, que pode tornar o ambiente vaginal mais ácido e propício à presença da Candida albicans”, diz a ginecologista.
Para evitar a contaminação, a médica recomenda o uso de sabonete neutro, e evitar uso de amaciantes e sabão em pó para lavar peças íntimas.