Nesta segunda-feira (25/02) na terceira reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura se houve a quebra de decoro parlamentar pelo prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), por conta das acusações que o levaram à prisão, o advogado do PT, Matheus Martins Sant´Anna acusou a defesa do socialista de tentar atrasar os trabalhos da comissão processante. A reunião também definiu os depoimentos do chefe do Executivo e do ex-secretário João Eduardo Gaspar, que também foi preso pela Polícia Federal.
A defesa pediu para ouvir Scarlet Angelotti, Felipe Marques Sarinho, Wagner Damo, Davi Alves de Oliveira e Marcos Eduardo Maluf. Além deles também foi arrolado o ex-ministro e hoje deputado Orlando Silva (PCdoB). A comissão marcou os depoimentos para o próximo dia 11/03 a partir das 9hs, sendo o prefeito o primeiro a falar. O deputado, por ter foro privilegiado, é o único que não tem data definida para prestar depoimento. A comissão pediu para que indique uma data dentro do prazo de 10 dias.
“Na reunião de hoje requeremos que a defesa de Atila justifique a pertinência e a conveniência das oitivas das testemunhas arroladas. Aparentemente, no entender dos denunciantes, Atila está adotando procedimentos protelatórios com a finalidade de postergar a ação e, assim, ultrapassar o prazo de 90 dias”, disse Sant´Anna, que pediu que a defesa justificasse a necessidade das testemunhas, mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos vereadores. Apenas Sinvaldo Carteiro (DC) concordou com o argumento.
A defesa de Atila não se pronunciou sobre os apontamentos de Sant´Anna.