Os alunos da rede municipal de ensino de Mauá também retornaram às aulas no início de fevereiro, mas encontraram os arredores das escolas cobertos de mato e até de lixo. A falta de zeladoria nas férias irritou os pais, que preocupados temem o aparecimento de roedores e, consequentemente, doenças nos filhos.
A vendedora de cosméticos Letícia Alves do Santos, mãe da Manuela, de 4 anos, não levou a filha para as aulas nos dias de chuva na Escola Municipal Carolina Moreira da Silva, no Jardim Oratório. A mãe se recusa a levar a criança à unidade até que a Prefeitura tome uma providência. “Como se não bastasse ficarmos sem calçada [por conta do matagal e do lixo], agora até na porta da escola tem sujeira. E se algum mosquito da dengue picar a minha filha, como fica?”, questiona.
Quem retirou o matagal da calçada em frente da Escola Estadual Adelaide Escobar Bueno, no Jardim Santa Lídia, foi o marido de uma das professoras, conforme informações de moradores da vizinhança. Um borracheiro, que preferiu não ser identificado, conta que a diretoria da escola solicitou a limpeza para a Prefeitura há pelo menos três semanas, mas nenhum funcionário apareceu no local. “Se não chamassem uma pessoa, a escola ia retomar as aulas com o mato mais alto que o muro”, calcula.
Mesmo com galhos e matos cortados, acumulados em frente à instituição, a advogada e vizinha, Andrea Guerra, reclama que a Prefeitura não recolheu os matos podados. Diz que o Paço deveria tomar as devidas providências com urgência, pois paga impostos para que a cidade fique limpa. “Até ratazanas já foram vistas passeando pela calçada”, acrescenta. A quadra, localizada em frente à instituição, também abriga montes de lixo e tem escadaria tomada pelo matagal.
Parque da Juventude
Reaberto em novembro de 2018, o Parque da Juventude, também em Mauá, é outro ponto que necessita de atenção das equipes de limpeza. Invadido pelo mato alto e com poças de água ao longo da pista de skate, o parque deixou de ser ponto de lazer para munícipes, como o skatista Thiago Rodrigues, 26. “Não tem como usar a pista do parque em dias de chuva. Além das poças de água, o mato começou a invadir a pista”, relata. Procurada, a Prefeitura de Mauá não se manifestou até o fechamento da reportagem.