Daniela Carla Pereira é mãe de Felipe Kevin Pereira Nemeth, de 10 anos, e passa por problemas para matricular o filho nas escolas estaduais próximas à Vila Feital, em Mauá, onde mora.
Ao terminar o ciclo do ensino fundamental I na escola municipal Clotilde Alves Doratioto, na Vila Feital, o aluno deveria ser transferido para uma escola estadual do bairro, mas a matrícula foi feita na escola Marta Teresinha, no bairro Itapark, onde, para chegar, é necessário pegar duas conduções. De acordo com a mãe, ao procurar a unidade de ensino, foi informada que a transferência é feita pelo critério de geolocalização, ou seja, designada de acordo com o endereço onde a família mora. “Por que então escolheram uma escola tão longe sendo que há outras opções próximas?”, questiona.
Daniela então, buscou as escolas Olavo Hansen e Isamo Serikiyaku, nas proximidades, onde o aluno poderia chegar com maior facilidade e segurança, mas foi informada de que não haviam mais vagas. A situação piorou com o início das aulas na última semana. Felipe está em casa, sem frequentar a escola, já que a mãe não tem como levá-lo. “Não tem condição dele ir para lá sozinho. Só tem 10 anos, é muito perigoso. Não vou arriscar, mas infelizmente não consigo levar também”, diz.
Ao procurar a Delegacia de Ensino, a mãe recebeu a informação de que não havia nada que pudesse ser feito e que o aluno deveria frequentar as aulas no Itapark ou, caso contrário, o conselho tutelar seria acionado. “Agora fico sem saber o que fazer. Não tenho como levar, não tem vaga nas escolas, estou desesperada, não quero me prejudicar”, afirma.
Questionada, a Diretoria Regional de Ensino de Mauá informou na tarde de sexta-feira (8/2) que o aluno citado na reportagem foi devidamente matriculado na Escola Estadual Olavo Hansen, próxima da residência de Daniela.