A Dura Automotive, que tem sua unidade de Rio Grande da Serra ameaçada de fechamento, ainda não se pronunciou sobre o plano de ações apresentado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e empresas fornecedoras. A metalúrgica, que emprega cerca de 300 trabalhadores e é fornecedora de montadoras automotivas, anunciou no dia 15 de janeiro o fechamento das operações no Brasil até 31 de maio. O Sindicato fez greve para forçar a empresa a negociar e desde então se iniciou a elaboração de um plano para a manutenção da empresa.
O diretor do sindicato, Marcos Lourenço, disse que a empresa ainda não se posicionou e que aguarda o pronunciamento do gerente global da empresa, que tem sede nos EUA, Tyrone Jordan, sobre o plano que foi colocado por sindicalistas e pelos fornecedores. “Estamos aguardando uma posição dos americanos, o que deve ocorrer na semana que vem. Enquanto isso, estamos com reuniões periódicas para manter os trabalhadores informados”, disse o sindicalista.
O prefeito Gabriel Maranhão (sem partido) já esteve com sindicalistas e com a diretoria da Dura por algumas vezes para tratar do assunto e apontou algumas medidas que podem ajudar a manter a empresa no município. “A negociação foi muito proveitosa, quero fazer do limão uma limonada, e fazer com que a Dura volte a ter os 1,4 mil trabalhadores que tinha no passado”, disse.
Benefícios
Maranhão afirmou que o acordo do Brasil com o México tem prejudicado a empresa. “A matéria-prima no México é mais barata e hoje o maior concorrente da Dura é a própria Dura de outros países. Foi proposto por parte da Prefeitura que todos os fornecedores deles e que estão distantes, que venham se instalar em nossa cidade e quanto mais postos de trabalho gerados na nossa cidade aumenta o benefício, chegando até 5 anos de isenção. Eu soube que o Tyrone Jordan viu com bons olhos essa iniciativa”, disse o chefe do Executivo em entrevista ao RDTv.