Parece chegar ao fim a novela da reunificação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. A reunião da próxima segunda-feira (11), em Diadema, para tratar das mudanças na entidade regional com os prefeitos “dissidentes” será o primeiro passo para que a autarquia possa ser efetiva para as sete cidades e também que um novo desafio seja iniciado: a separação da política regional em relação às divergências partidárias.
Claro que todas as medidas de austeridade realizadas no Consórcio nos dois últimos anos tiveram grande importância para sua administração, pois uma das grandes preocupações era o alto valor gasto com a entidade com o pouco retorno em medidas efetivas, algo que só não pode ser reclamado por Rio Grande da Serra, grande beneficiada nos últimos anos.
Mas é de conhecimento que as divergências partidárias entre os prefeitos, consequência das eleições de 2016, foram o principal ponto de conflito e que culminou na saída de Diadema, e dos pedidos de desfiliação feitos por Rio Grande e São Caetano.
Muito se enganam aqueles que acham que o desafio é apenas dos prefeitos que ainda participam das assembleias mensais. Lauro Michels (PV, Diadema), Gabriel Maranhão (sem partido, Rio Grande da Serra) e José Auricchio Júnior (PSDB, São Caetano) também terão de fazer a sua parte, pois pelo menos dois dos três ainda têm pendências financeiras com a entidade.
Diadema ainda deve mais de R$ 10 milhões para o Consórcio, dívida que virou processo de cobrança na Justiça. São Caetano não realiza repasses desde abril do ano passado, quando teve o fim da transferência de verbas aprovado pelo seu Legislativo e sancionado pelo chefe do Palácio da Cerâmica.
Passou o momento de todos se responsabilizarem pelo Consórcio e não apenas quem preside a entidade regional. Vamos ver se teremos uma nova entidade regional.