Em conjunto com vários ambientalistas designados pela Agência Nacional de Águas (ANA), a professora da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Marta Ângela Marcondes, demonstrou preocupação com a qualidade da água do rio Paraopeba, em Brumadinho (MG), atingido pelos dejetos de minérios após o rompimento de uma das barragens, há 11 dias.
Segundo Marta, logo nas primeiras análises realizadas pela equipe da Ana já se observou que a qualidade da água era muito ruim, se assemelhando “a um achocolatado”. “Vamos realizar todos os estudos para saber qual é a qualidade desta água, mas já dá para perceber que a situação é bem ruim. Infelizmente é uma situação que mostra mais uma vez a falta de cuidado que temos com a natureza”, explicou.
A última informação é de que 100 quilômetros do rio Paraopeba foi atingido pelos rejeitos de minérios desta barragem. Outra preocupação é que a mesma lama chegue ao rio São Francisco, que está há 200 km de Brumadinho, o que por consequência poderia atingir outras pessoas que dependem deste leito.
Em entrevista ao RDtv, na semana passada, Marta Marcondes também avaliou que problemas parecidos também acontecem no ABC. “Também temos que cuidar da questão do esgoto na região que vem penalizando as nossas represas. Se não houver o cuidado devido, também teremos problemas a longo prazo”, concluiu.