PMI da indústria sobe a 52,7 pontos em janeiro, revela IHS Markit

O indicador de atividade industrial do País apresentou discreta elevação em janeiro, ao atingir 52,7 pontos, depois de ficar em 52,6 pontos em dezembro, com ajuste sazonal, conforme o Índice Gerente de Compras (PMI) medido pela IHS Markit.

Os dados de janeiro indicaram que o mercado interno foi o principal fator responsável pelo crescimento total de novos pedidos, com a contração nas vendas externas se acelerando e atingindo o seu nível mais alto em dois anos, conforme a consultoria. Os entrevistados, cita a nota, mencionaram a demanda global fraca, com a Argentina sendo especialmente mencionada.

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Os fabricantes expandiram suas capacidades em janeiro e contrataram funcionários adicionais, encorajados pela demanda robusta por seus produtos. A expansão no nível de empregos reverteu a contração observada em dezembro e foi o mais forte desde março passado.

“O fortalecimento da demanda continuou dando apoio ao setor industrial no início do ano, impulsionando as vendas, a atividade de compras e a produção. Foram criados mais empregos, e em todos os três subsetores monitorados. Encorajadas por esse crescimento constante na demanda doméstica, as fábricas aumentaram a produção a uma das taxas mais fortes desde o início de 2018”, afirma a economista Pollyanna de Lima, responsável pelo relatório.

A economista observa que o volume de novos pedidos para exportação decepcionou, caindo pelo segundo mês consecutivo e da maneira mais significativa em dois anos, com os persistentes problemas na Argentina e a desaceleração geral do comércio global prejudicando os pedidos externos. Além disso, acrescenta, a inflação de custos diminuiu ainda mais, já que a depreciação cambial deu alívio aos fabricantes.

“Mesmo assim, as empresas aumentaram suas taxas em maior proporção, sustentadas por condições robustas de demanda e na tentativa de melhorar as margens de lucro, que têm sido pressionadas por fortes aumentos de custos há mais ou menos um ano”, afirma.

A nota cita ainda que o sentimento positivo entre os fabricantes brasileiros em relação às perspectivas de produção para daqui a doze meses melhorou, atingindo em janeiro o seu ponto mais forte na história das séries. As previsões de melhorias adicionais nas condições econômicas, o lançamento de novos produtos e um cenário político favorável impulsionaram o otimismo.

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