O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano realizou na manhã desta sexta-feira (1), uma nova assembleia com os funcionários da GM (General Motors), na porta da fábrica. Apesar da tentativa da empresa de emplacar novas medidas de flexibilização em relação ao acordo realizado em 2017, os trabalhadores não acataram as novas mudanças apresentadas.
Segundo o presidente do Sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, apresentou aos colaboradores da montadora as propostas que reduziriam ainda mais os direitos já acordados há dois anos, entre eles: troca de convênio médico; mudanças em relação ao transporte dos funcionários; e a não recebimento da Participação de Lucros e Resultados (PLR).
“Nos apresentaram as mesmas coisas que apresentaram para o pessoal de São José dos Campos. Com todo o respeito, mas se nós temos um acordo de flexibilização e São José dos Campos não tem, o problema é deles, a GM tem que negociar com eles, nós já temos o nosso acordo. Companheiros, acordo tem que ser cumprido e este é o entendimento do Sindicato”, disse o sindicalista.
Na sequência foi colocada em votação a manutenção do posicionamento do Sindicato de não acatar qualquer mudança que fosse colocada pela empresa, mantendo o acordo já firmado, algo que foi aprovado por unanimidade pelos trabalhadores. O resultado desta assembleia será apresentado nesta sexta para a diretoria da montadora em nova reunião entre as partes.
O acordo de 2017 foi aprovado para que a GM garantisse os investimentos de R$ 1,2 bilhão na planta de São Caetano. A expectativa é que no final deste ano comece a ser fabricado o Tracker, um SUV que atualmente é produzido no México. Na última quarta-feira (30/01), foi revelado que novos modelos do Onix e do Prisma serão produzidos na planta de Gravataí (RS). A princípio a planta de São José dos Campos é a única sem perspectiva até o momento.