As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 30, apoiadas por balanços considerados positivos de duas empresas importantes: a Apple e a Boeing. Além disso, um indicador do mercado de trabalho americano superou a expectativa dos analistas, enquanto investidores monitoraram os sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que decidiu nesta tarde manter a taxa básica de juros e não mostrou pressa em elevá-la, o que ajudou no apetite por risco. Esteve ainda no radar o diálogo sobre comércio entre Estados Unidos e China.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,77%, em 25.014,86 pontos, o Nasdaq avançou 2,20%, a 7.183,08 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 1,55%, a 2.681,05 pontos.
Após o fechamento de ontem, a Apple superou a expectativa dos analistas, o que impulsionou hoje a ação, com avanço de 6,83%, e também papéis do setor de tecnologia em geral. Antes da abertura, a Boeing informou que lucrou US$ 3,42 bilhões no primeiro trimestre, com o ganho ajustado superando a previsão do mercado, o que levou o papel a avançar. O papel da fabricante de aeronaves teve ganho de 6,26%.
A força mostrada pelas commodities ao longo do pregão ajudou papéis do setor de energia em Nova York. Já na agenda de indicadores, o setor privado dos EUA gerou 213 mil empregos em janeiro, segundo a ADP, acima da previsão de 183 mil postos dos analistas, em um sinal positivo da economia americana. A pesquisa é considerada uma prévia do relatório de empregos (payroll), que sai na sexta-feira.
Entre os assuntos no radar, havia expectativa por novidades no diálogo entre EUA e China, que recomeçou hoje. Na quinta-feira, deve haver mais um dia de reuniões entre representantes dos dois países sobre suas diferenças comerciais.
O Fed, por sua vez, decidiu manter a taxa básica de juros e afirmou em seu comunicado que terá “paciência” na trajetória da política monetária, o que foi visto por investidores como um reforço na possibilidade de não haver mudanças tão cedo na taxa. Presidente do Fed, Jerome Powell citou em entrevista coletiva que o argumento para elevar os juros perdeu certa força, no contexto atual, e também citou riscos como a desacelaração econômica em parte do mundo, inclusive na China.
Os sinais do Fed de flexibilidade em relação ao balanço da instituição ajudaram igualmente os mercados acionários americanos.