Investimento Direto no País soma US$ 88,314 bilhões em 2018, diz BC

Em um ano de recuperação ainda moderada para a economia brasileira, os estrangeiros elevaram os investimentos produtivos no Brasil. Dados divulgados nesta segunda-feira, 28, pelo Banco Central mostraram que o Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 88,314 bilhões em 2018. Este é o melhor resultado anual desde 2012, quando US$ 92,568 bilhões de IDP entraram no País.

O resultado ficou acima das estimativa, que iam de US$ 70,300 bilhões a US$ 87,000 bilhões, com mediana de US$ 84,750 bilhões. Pelos cálculos mais recentes do Banco Central, divulgados em dezembro, o IDP de 2018 indicaria entrada de US$ 83,0 bilhões.

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Apenas em dezembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 8,950 bilhões. As estimativas colhidas variavam de US$ 4,200 bilhões a US$ 9,500 bilhões (mediana de US$ 7,000 bilhões). O BC projetava entrada de US$ 7,000 bilhões de IDP no mês passado.

O IDP de 2018 corresponde a 4,70% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2017, o porcentual havia sido de 3,42% e, em 2016, de 4,08%.

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 682 milhões em dezembro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano anterior, o resultado havia sido positivo em US$ 1,245 bilhão. No acumulado de 2018, o saldo ficou negativo em US$ 2,217 bilhões.

Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado de ações seria negativo em US$ 3,0 bilhões em 2018. A estimativa para 2019 é de resultado positivo em US$ 5,0 bilhões. Estas projeções consideram as ações negociadas em bolsas brasileiras e no exterior e os fundos.

O investimento em fundos de investimentos no Brasil ficou negativo em US$ 1,020 bilhão em dezembro. No mesmo mês do ano anterior, ele havia sido negativo em US$ 3,417 bilhões. No acumulado de 2018, houve retiradas líquidas de US$ 3,417 bilhões dos fundos de investimentos.

Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 2,852 bilhões em dezembro. No mesmo mês do ano anterior, havia ficado negativo em US$ 5,724 bilhões.

Em 2018, o saldo em renda fixa ficou negativo em US$ 4,348 bilhões. Para 2018 e 2019, a estimativa do BC era de saldo neutro nas operações com renda fixa.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 87% em dezembro e 93% no acumulado de 2018.

Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade para rolar compromissos das empresas no período. O BC estimava taxa de rolagem de 95% em 2018. No caso de 2019, a taxa estimada é de 100%.

O resultado ficou abaixo do verificado em dezembro do ano anterior, quando a taxa havia sido de 90%. O resultado anual também foi inferior à taxa de rolagem de 2017, que havia sido de 97%.

De acordo com os números apresentados nesta segunda-feira pelo BC, os títulos de longo prazo tiveram taxa de 96% em 2018 e os empréstimos diretos, de 92% no ano.

Já a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 76% em dezembro. Em igual mês de 2017, havia sido de 81%. Já os empréstimos diretos atingiram 93% no mês passado, ante 98% de dezembro do ano anterior.

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