Dólar supera R$ 3,76 com cautela sobre reforma da Previdência ampla e exterior

Após iniciar a sessão com viés de alta e de cair em seguida, o dólar ante o real retomou o sinal positivo na manhã desta quinta-feira, 17, num realinhamento à valorização da moeda americana predominante no exterior e diante de uma mudança de leitura nas mesas de operação sobre a reforma da Previdência.

Pouco antes do fechamento deste texto, o dólar à vista registrou máximas sequenciais até R$ 3,7675 (+0,93%), paralelamente às máximas registradas pelo dólar futuro para fevereiro até R$ 3,7695 (+0,83%).

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O diretor superintendente da Correparti, Jefferson Rugik, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que “números positivos da economia brasileira, como a alta de 0,29% do IBC-BR de novembro, são sempre favoráveis ao real, mas a nossa economia precisa mesmo é de uma reforma da Previdência aprovada ainda neste primeiros semestre”.

Ele afirma que o mercado local passou a ter uma nova percepção sobre a reforma, de que o governo Bolsonaro poderia ter dificuldades em aprovar uma proposta tão abrangente como quer o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Em função disso, o mercado já está buscando no dólar alguma forma de proteção, a exemplo de quarta quando o dólar subiu aqui mas fechou em baixa majoritária no exterior”, afirma.

Mais cedo, a divisa spot abriu a sessão em alta e caiu depois à mínima, a R$ 3,7275 (-0,14%) em meio a um movimento de realização de ganhos por algumas tesourarias de instituições financeiras. “Tem tido fluxo regular de entrada de exportador e de investidor estrangeiro que está voltando de forma paulatina ao Brasil, mas nesta manhã a queda inicial foi mais por uma realização de lucros de tesourarias de bancos, após as altas recentes”, disse Rugik.

No exterior, o dólar avança ante seus pares principais (à exceção do iene, que também avança) e divisas emergentes em meio a preocupações renovadas com a disputa comercial entre EUA e China e desconforto com o Brexit.

A desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro para 1,6% na comparação anual de dezembro, ante +1,9% em novembro, embora em linha com as previsões, reforça sinais de desaceleração global.

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