Os empreendedores do ABC aumentam o investimento no crescimento das empresas. Balanço anual da Desenvolve SP, agência de fomento do Governo do Estado de São Paulo, revela que a região apresentou alta de 25% na busca por crédito para projetos ligados a expansão e modernização de pequenas e médias empresas (PMEs), totalizando R$ 11,8 milhões em investimentos em 2018 contra R$ 9,4 milhões em 2017.
O destino dos recursos é destaque do balanço. A maior parte do montante (81%) foi demandada pelos empresários para a realização de investimentos de longo prazo (capital fixo), como ampliação, modernização, inovação ou compra de máquinas e equipamentos. “Investimento de longo prazo significa maior confiança na economia por parte do empresariado e contribui diretamente para maior geração de empregos e renda”, diz Nathália Lemos, consultora de Negócios da Desenvolve SP.
Em relação aos setores que mais investiram, a indústria liderou a demanda de crédito na região e injetou mais de R$ 9 milhões na economia em 2018 contra R$ 7 milhões do ano anterior (alta de 28%). Já o setor de comércio e serviços foi responsável por investir R$ 2,7 milhões no último ano ante R$ 2,3 milhões em 2017 (alta de 17%).
Tempo de inovar
Com o objetivo se tornar mais competitivas, as PMEs voltaram a apostar na inovação no Grande ABC. “Em 2018 a Desenvolve SP desembolsou R$ 7,2 milhões em financiamentos para projetos inovadores”, diz Nathália. Ainda segundo a consultora, essas são PMEs que buscam se diferenciar no mercado. “Financiamos projetos ligados à criação ou melhoria de produtos, processos ou serviços”, diz.
Crescimento em todo o Estado
O bom desempenho do ABC está alinhado ao balanço estadual da Desenvolve SP. Em 2018, a instituição desembolsou R$ 457 milhões em financiamentos para empresas e prefeituras em todo o Estado, valor 30% superior ao registrado em 2017. Em relação ao volume de recursos emprestados, o setor de comércio e serviços ficou na liderança com R$ 212,2 milhões investidos. Na sequência aparece a indústria, com R$ 171,6 milhões, e o setor público, com R$ 72 milhões.