PSol pede instauração de comissão de ética contra Elian Santana

O diretório municipal do PSol protocolou nesta sexta-feira (11), um pedido na Câmara de Santo André para que seja aberta uma comissão de ética contra a vereadora afastada, Elian Santana (SD), com objetivo de abrir um processo de cassação. A legenda usa como base a investigação da Operação Barbour, da Polícia Federal, que investiga suposta participação da legisladora em um esquema de fraude em pedidos de aposentadoria.

Segundo o ex-vereador Ricardo Alvarez (PSol), a iniciativa visa “provocar” a Câmara para que haja alguma iniciativa de investigação do Legislativo sobre o assunto. “Não estamos aqui acusando diretamente ninguém, mas deveria ser aberta essa comissão, pois um vereador não pode ficar prestando esse tipo de serviço sobre aposentadorias no gabinete. Não entro no mérito se houve ou não alguma maracutaia, mas temos que acabar com esse tipo de acontecimento nos gabinetes”, explicou.

Newsletter RD

No documento protocolado no Legislativo, além de relembrar todo o caso que ainda é investigado, o partido leva em conta toda a repercussão nacional com matérias realizadas sobre o assunto, principalmente à que foi veiculada no programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (6).

O PSol é o primeiro a protocolar oficialmente este tipo de pedido. Em novembro do ano passado, logo após a deflagração da Operação Barbour, o vereador Sargento Lobo (SD), chegou a pedir em plenário que os vereadores fizessem um ofício para a investigação, algo que recebeu a negativa do então presidente da Câmara, Almir Cicote (Avante), que considerava que havia como havia uma investigação sobre o assunto, o melhor era aguardar o posicionamento da Polícia Federal. O pedido só será avaliado na volta do recesso, na sessão do dia 5 de fevereiro.

Relembrando o caso

Elian Santana (foto) é investigada por suspeita de participação em um esquema de fraude em pedidos de aposentadorias de funcionários de bancos públicos e privados, além de empresas de telefonia. Segundo a Polícia Federal, a fraude começava com reuniões que ocorriam todas as segundas, no gabinete da vereadora.

Após as reuniões, os documentos entregues por aqueles que queriam aposentadoria recebiam informações falsas como histórico de trabalhos insalubres, o que acelera o processo em busca do benefício. Toda a documentação era levada para a agência da Previdência Social, em Diadema, onde um funcionário dava rápidos pareceres, alguns em quatro minutos.

Todos os suspeitos negam qualquer tipo de participação no esquema.

 

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes