Bolsas da Europa fecham majoritariamente no azul, impulsionadas por petróleo

O mau humor com a economia chinesa que assolou os mercados acionários da Europa durante grande parte do pregão foi apagado nos principais índices pela forte alta do petróleo, próximo ao horário de encerramento dos negócios no Velho Continente, e levou as bolsas a fecharem no azul, à exceção de Paris. Mesmo assim, o avanço limitado pelas preocupações com a atividade ao redor do globo levou o índice Stoxx-600 a fechar em queda de 0,20%, aos 336,96 pontos.

Com ganhos que chegaram a ultrapassar os 5%, os contratos futuros de petróleo impulsionaram ações de empresas do setor perto do fim do pregão europeu e levaram alguns dos principais índices a fechar em alta. Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,09%, aos 6.734,23 pontos, com destaque para a BP, que fechou com ganho de 2,29%. Já em Frankfurt, o DAX avançou 0,20%, para 10.580,19 pontos, enquanto em Milão o FTSE MIB subiu 0,04%, aos 18.330,99 pontos. Na bolsa de Paris, o CAC 40 registrou queda de 0,87%, aos 4.689,39 pontos, mas os papéis da Total avançaram 1,03%.

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As negociações na primeira sessão de 2019 também foram marcadas pela divulgação do índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro, de sua maior economia, a Alemanha, e do Reino Unido, onde há expectativa pelos próximos desdobramentos do Brexit. A queda no resultado do indicador na região em dezembro se mostrou em linha com a previsão e, para o economista-chefe da IHS Markit – responsável pela divulgação do dado -, Chris Williamson, podem ter influído fatores temporários, como os protestos na França e dificuldades do setor automotivo para se ajustar a novas regulações.

Na Alemanha, por sua vez, a IHS Markit informou que o PMI industrial em dezembro também mostrou queda dentro do esperado e, no Reino Unido, avançou mais do que a previsão de analistas, chegando à máxima de seis meses. O dado foi apoiado por elevações de curto prazo nos estoques, em meio aos preparativos das empresas para o Brexit.

O resultado mais repercutido pelos mercados, no entanto, foi o PMI industrial da China, que perdeu o suporte dos 50 pela primeira vez desde maio de 2017 e caiu a 49,7 em dezembro, abaixo das estimativas, de acordo com a Caixin Media e a IHS Markit. A marca de 50,0 separa expansão da contração e, com isso, reascendeu as preocupações com uma desaceleração da atividade global, com sinais emitidos por uma das maiores economias do mundo.

Em Madri, o Ibex 35 avançou 0,12%, aos 8.550,00 pontos, enquanto o PSI 20 subiu 0,20%, para 4.740,85 pontos.

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