Vereadores querem o impeachment do Atila, diz Chiquinho do Zaíra

Considerando a situação do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), como “insustentável”, vereadores afirmaram nesta quarta-feira (26), que são favoráveis ao impeachment do socialista. Oito dos 23 parlamentares realizaram uma rápida coletiva de imprensa e contaram os bastidores do cancelamento da sessão levante que votaria a licença do chefe do Executivo por mais 30 dias.

Vereadores não querem a volta de Atila Jacomussi (Foto: Reprodução)

“Surpresos” com o cancelamento dos trabalhos, os legisladores afirmaram que não aprovariam a nova licença para Atila Jacomussi e ainda “oficializaram” o que já era comentado nos bastidores da Casa, que são favoráveis ao impeachment. Sete pedidos foram protocolados na Casa na semana passada.

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“Eu e a maioria dos vereadores somos favoráveis ao impeachment. A cidade não suporta mais isso. Nós não queremos mais o Atila na Prefeitura de Mauá. Queremos o Atila fora da Prefeitura de Mauá”, afirmou Chiquinho do Zaíra (Avante) que votou contra os primeiros pedidos, rejeitados em junho, pois considerava que a Polícia Federal e o Ministério Público ainda não tinham concluído as investigações.

Quando questionados sobre o fato de que 21 dos 23 vereadores também são investigados pela operação Trato Feito, Chiquinho opinou que as investigações ocorrem pelo fato do grupo ter rejeitado dos dois pedidos de cassação.

Sem a sessão levante, os parlamentares aguardam a posse da nova mesa diretora, liderada por Neycar (SD), para se reunir e tomar uma decisão sobre os pedidos de impeachment, inclusive com a possibilidade de levantar o recesso em janeiro para a votação de todas as ações, pois a princípio, as ações só seriam avaliadas em fevereiro.

Cancelamento

Segundo o relato dos vereadores, o ofício com o cancelamento da sessão levante chegou às 14h, ou seja, uma hora antes do início dos trabalhos. O documento foi entregue por uma funcionária do Legislativo. Apenas o vereador Samuel Enfermeiro (PSB) conseguiu encontrar o presidente da Casa, Admir Jacomussi (PRP).

“Foi por volta das 14h20. O presidente estava em um carro com o seu motorista particular. Quando fui questioná-lo sobre o cancelamento, o motorista levantou o vidro e saiu com o carro antes mesmo que o presidente pudesse me cumprimentar”, disse o socialista que revelou que Admir transparecia “um abalo emocional” e que está “doente”.

Além de Chiquinho do Zaíra e Samuel Enfermeiro, participaram da coletiva: Fernando Rubinelli (PDT); Adelto Cachorrão (Avante); Manoel Lopes (DEM); Irmão Ozelito (SD); Neycar (SD); Sinvaldo Carteiro (SD); e Marcelo Oliveira (PT). Segundo os parlamentares, 18 vereadores passaram pelo Legislativo para realizar a sessão.

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