Com nova administração, o Sindicato dos Médicos do ABC (Sindmed ABC) traçou objetivos primordiais para 2019, entre eles a refiliação dos profissionais da saúde, investimentos na Atenção Básica, maior valorização profissional e fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), com negociações por uma saúde suplementar com planos alinhados aos de interesse de médicos e pacientes. A sede que inaugurou no último dia 13, está localizada na avenida Dom Pedro II, 288, 3º andar – Santo André.
Em entrevista ao RDTv, o presidente da entidade, José Roberto Murisset, conta que a região tem aproximadamente 5.300 médicos ativos, no entanto somente 200 estão associados ao Sindicato, o que segundo ele, é inaceitável. “Precisamos resgatar a categoria, atuar contra precarização, mais remuneração e valorizá-los com maiores condições de trabalho”, afirmou. Agora com o novo espaço, o presidente conta que os médicos terão estrutura necessária para lutar pelos direitos, aparatos virtuais e assistência jurídica e administrativa.
Entre os objetivos a serem conquistados com a nova administração está a regularização dos contratos de trabalho. De acordo com Murisset, os vínculos PJ (Pessoa Jurídica) e RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) são de difícil controle, onde muitos médicos deixam de receber por plantões trabalhados. “Mauá é exemplo. Os médicos levam calote e inclusive acionam a Justiça para tentar resolver isso”, explica. Mesmo que haja trabalho autônomo, o presidente defende que a fiscalização e o pagamento devem acontecer de forma transparente, com garantias mínimas aos profissionais da saúde.
Com o fim do Programa Mais Médicos, a valorização dos profissionais na Atenção Básica também se tornou meta principal do Sindicato. “O Mais Médicos fixou profissionais e municípios precários, e agora é obrigação do governo brasileiro administrar e cumprir a promessa de colocar médicos onde os cubanos atuaram, principalmente na Atenção Básica e especialidades, onde temos grande defasagem”, afirma. Na visão do presidente, os médicos brasileiros não devem preencher todas as lacunas deixadas pelo Programa se não forem incentivados.
Confira a entrevista completa.