Indicada como uma das suspeitas de participar de um esquema de fraudes de pedidos de aposentadorias em Santo André, Lucilene Aparecida Ferreira França “não sabia que havia um esquema”, é o que afirma a advogada da ex-chefe de Gabinete da vereadora afastada de Santo André, Elian Santana (SD), Dr.ª Gabriela Cezar e Melo. Em entrevista ao RD, nesta segunda-feira (17), a jurista explicou o posicionamento da defesa sobre o caso.
“Lucilene é uma pessoa que mora em um bairro (não revelado) onde não teria condições de manter um estilo de vida que seria permitido caso participasse do esquema. No dia em que a Polícia Federal foi até a casa dela, ela apresentou todos os documentos de bancos e comprovou que não tem renda condizente com as acusações que foram feitas”, explicou a advogada.
Segundo as investigações feitas pela Polícia Federal, Lucilene supostamente ajudava a agendar as reuniões entre as pessoas que pediam o benefício da aposentadoria e o “assessor informal” de Elian, Adiar Saar, que é indicado como o responsável por fazer as alterações nas documentações, incluindo falsos registros de trabalho insalubre e os levando para a agência da Previdência Social, em Diadema, onde o funcionário Vitor Mendonça de Souza supostamente aprovava os pedidos, alguns em menos de cinco minutos.
“A Lucilene nem imaginava do que estava acontecendo. Ela é uma vítima desta história e dos outros envolvidos. Já provamos isso e agora aguardamos os novos chamados da Justiça para prestar novos esclarecimentos”, completou Gabriela. Lucilene Aparecida foi solta há cerca de dez dias. Desde então, a única suspeita que também conseguiu o benefício da liberdade foi a vereadora Elian Santana.
A parlamentar conseguiu o Habeas Corpus na última sexta-feira (14). Ainda não foi confirmada se já deixou ou não a carceragem da Polícia Federal. Apesar de solta, a vereadora não poderá acessar à Câmara e nem mesmo agências do INSS enquanto houver as investigações.