Um dos dois vereadores que não foram investigados na operação Trato Feito, da Polícia Federal (ao lado de Chico do Judô – Patriota), Marcelo Oliveira (PT) afirmou que ficou “surpreso” com a informação da investigação envolvendo vários de seus colegas de Casa. Ao RDtv, na última quinta-feira (13), o petista comentou sobre o suposto esquema de corrupção envolvendo legisladores, empresários e o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB).
Único parlamentar de oposição no Legislativo mauaeuse, Marcelo Oliveira afirmou que tinha dificuldades de aprovar suas propostas, portanto, não conseguia uma maior aproximação com o Governo como acontecia com os demais 22 vereadores, todos integrantes da base governista.
“Não tinha como saber o que estava acontecendo. Eu fazia o meu trabalho, fiscalizando e apontando o que estava errado. Falei muitas vezes de que precisava de cortes no Executivo para gerar economia, que a criação de cargos estava aumentando os gastos, mas não sabia que ocorria qualquer tipo de movimentação”, explicou.
Apesar de ser oposicionista, Oliveira evitou fazer qualquer tipo de crítica mais forte em relação à prisão de Atila Jacomussi e do ex-secretário de Governo e Transportes, João Gaspar (PCdoB), além da investigação envolvendo 21 vereadores e um suplente. “Não podemos julgar, quem julga é a Justiça. Temos que esperar para tomar alguma decisão”, disse o petista.
Marcelo também falou sobre uma possível “surpresa” das pessoas de um dos poucos que não se envolveram no suposto esquema de corrupção ser filiado ao Partido dos Trabalhadores. “Eu já disse isso no diretório, os partidos são feitos de pessoas, algumas acertam e outras erram, isso acontece em todas as profissões. Não temos que julgar por antecipação”, concluiu.