Nesta quinta-feira (13) Santo André anunciou o cronograma das obras de mobilidade financiadas pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e orçadas em US$ 50 milhões, metade bancada por recursos do Tesouro e o restante pelo banco internacional. A principal obra deste programa de mobilidade é a conclusão do viaduto Adib Chamas no trecho sobre a avenida dos Estados e o rio Tamanduateí. Esse viaduto aguarda a segunda pista desde os anos 1980, conforme lembrou o prefeito Paulo Serra (PSDB) ao anunciar as datas de início das intervenções que preveem também as alças de acesso no viaduto Castelo Branco e obras da ponte Santa Terezinha.
Os US$ 25 milhões tomados em empréstimo com o BID passam a ser pagos somente após dois anos e parceladas em 20. A obra considerada mais importante do pacote contratado com o banco internacional é a segunda pista do viaduto Adib Chamas. A previsão é que a obra tenha início dentro de três meses e fique pronta até junho de 2020. A construção compreende uma nova pista com 172 metros extensão, com 9,7 metros de largura, duas faixas de rolamento, duas de segurança e duas de barreira rígida.
“A modalidade de financiamento é inédita em Santo André; é primeira licitação pública internacional que está aberta a interessados de outros países, essa é a regra do banco”, destacou Paulo Serra. A entrega das propostas tem início em 45 dias. No final de janeiro, a Prefeitura espera abrir os envelopes, assinar o contrato e emitir a ordem de serviço em março. “É um cronograma pé no chão, já prevendo as dificuldades no período de chuvas”, analisou. Somente essa segunda pista do viaduto vai custar R$ 14 milhões, 84,7% bancados pelo BID e o restante será pago com recursos do tesouro municipal.
Paulo Serra disse também que a ponte Santa Terezinha já está com obras em andamento e é parte da contrapartida da Prefeitura no pacote de mobilidade. Serra também anunciou que no início do ano dará início à contratação do projeto executivo do viaduto Castelo Branco, com duas alças de transposição do rio Tamanduateí. Ainda não há previsão de início desta obra.
O secretario de Mobilidade, Edilson Factori, disse que as tratativas com o BID levaram em consideração a redução do tráfego em outras áreas, a melhoria do transporte público resultante das obras quando prontas e, principalmente, a questão dos poluentes. “Tivemos de apresentar estudo de quanto se pode reduzir de poluição, com a diminuição do trânsito na área e redução do gasto de combustível em congestionamentos. Essa é uma preocupação grande do BID”, detalhou.
Na região obras viárias importantes, como o rebaixamento da avenida Lions, em São Bernardo, também foram feitas com recursos internacionais. Paulo Serra inclusive mencionou essa obra ao falar do financiamento com o BID. O prefeito não demonstrou preocupação com o pagamento do empréstimo, que começa a ser feito após o fim da atual gestão, em 2020. “Pretendemos entregar um e começar outro (viaduto), o contrato é com o município e não com uma gestão, a qualidade da gestão é ter colocado a casa em ordem para poder contratar, é para a cidade de Santo André, assim como outro era para a cidade São Bernardo mudou a gestão e as obras continuaram. Não vejo um problema caso a gente não esteja na gestão da cidade”, completou.