Após o acordo pontual entre PSDB e PT para a composição da Mesa Diretora da Câmara de Santo André para o biênio 2019-2020, o vereador de São Bernardo, Tião Mateus (PT), sugeriu que o Legislativo são-bernardense possa seguir o mesmo caminho. O petista considera que a situação da eleição interna é “diferente” do que ocorre na disputa em outros pleitos.
“Na verdade, às câmaras municipais do Brasil inteiro acabam se compondo (internamente). Eu acho tranquilo o que aconteceu em Santo André. Os vereadores (partidos), que no caso não têm a maioria, acabam se unindo para encaminhar algumas pautas que são importantes para a cidade e às vezes quando tem uma Mesa (Diretora) com um partido só, ela se torna muito restrita. Se aqui houvesse espaço para que eventualmente nosso partido, que tem cinco vereadores, tivesse espaço na Mesa, eu seria favorável (ao acordo)”, explicou o legislador.
Mateus, que foi presidente do Parlamento de São Bernardo entre 2013 e 2014, não conversou com os membros da bancada do PT sobre a tentativa de acordo. A princípio, três dos cinco vereadores do partido já se colocaram à disposição para disputa pela presidência, que será na próxima quarta-feira (12): Ana Nice; José Luis Ferrarezi (presidente entre 2015 e 2016); e Joilson Santos.
Com o atual cenário do Legislativo de São Bernardo, o PT caminha para chapa pura e assim ocupar as quatro cadeiras da Mesa Diretora, porém, com chances mínimas de vitória, pois o bloco oposicionista conta com apenas sete dos 28 vereadores. Dois destes parlamentares dificilmente poderiam compor com os petistas: Dr. Manoel e Julinho Fuzari (ambos do PPS).
Do lado governista, o favorito para o cargo é o atual líder de governo, Ramon Ramos (PDT). Segundo fontes próximas à bancada, outros três nomes estão na lista, porém são considerados “zebras” caso recebam apoio de toda a base aliada: Juarez Tudo Azul (PSDB), Toninho Tavares (PSDB) e Índio (PR).
Considerado um dos mais fieis vereadores da base do prefeito Orlando Morando (PSDB), Ramos é o principal articulador da Casa desde 2017. Até o momento conseguiu emplacar todas as matérias do Executivo sem perder apoio no meio do caminho. Inclusive neste meio tempo a bancada chegou a aumentar de 20 para 21 nomes com a entrada de Rafael Demarchi (PRB).
Outra informação dos bastidores é de que Ramon Ramos acumularia, internamente, a presidência e a liderança de governo, apesar da possibilidade de indicação de outro nome que, “oficialmente”, receberia a posição para ocupar.