Pouco mais de 24 horas após a polêmica votação para a escolha da mesa diretora da Câmara de Santo André para o biênio 2019-2020, o presidente eleito, Pedrinho Botaro (PSDB), e a vice-presidente eleita Bete Siraque (PT), participaram do RDtv nesta quarta-feira (5), e justificaram a aliança que culminou em críticas de tucanos e petistas. Além disso, relataram objetivos para o Legislativo.
“Foi feita uma parceria pontual. Nós entendemos que para a administração da Casa você precisa olhar nos partidos os seus melhores quadros. Eu não vi nenhuma possibilidade do PT está em uma chapa ‘apoiada’ pelo governo Paulo Serra, até porque você precisa focar naquilo que é melhor para a cidade, independente da legenda”, disse Botaro.
Bete reafirmou que apesar do resultado da eleição interna, cada um dos membros da mesa diretora continuará defendendo suas ideias. “O Pedrinho continua tucano e eu continuo petista. Cada um vai defender aquilo que pensa, normalmente. Muitas pessoas entenderam isso. Eu postei um vídeo no Facebook falando sobre a vitória e só recebi elogios. Muitos não entram nesse discurso extremista”, explicou.
A composição do novo grupo que vai administrar o Legislativo causou polêmica entre alguns vereadores. Professor Minhoca (PSDB), Fabio Lopes e Rodolfo Donetti (ambos do PPS), e Willians Bezerra (PT) deixaram claro que não gostaram do acordo realizado entre a maioria dos parlamentares. Sargento Lobo (SD) se absteve da votação.
Bete Siraque revelou que a justificativa da bancada popular-socialista de evitar votos em petistas não era a citada nos bastidores da Câmara. “Eles (vereadores do PPS) falaram que não tinha nenhum problema com a composição, isso antes da votação, e depois se justificaram. Nem sempre o que é exposto é realmente o que é falado nos bastidores”.
Objetivos de mandato
Após a polêmica votação, a nova mesa diretora pretende focar na continuidade dos projetos de austeridade implantados pela gestão de Almir Cicote (Avante). Uma das primeiras medidas é complementar a redução da utilização do papel na Casa, principalmente em relação aos projetos que estão em pauta.
Outra área que será olhada é a segurança do Legislativo, principalmente com o estudo para a implantação de um monitoramento com câmeras de segurança para averiguar possíveis problemas. Além de um maior investimento em acessibilidade, inclusive com a possibilidade de contratação de tradutores de libras e acesso melhor aos deficientes visuais.
Uma das preocupações do grupo é a estrutura da Casa. Com pouco espaço para os 21 vereadores e com problemas elétricos e com a internet, a nova mesa diretora pretende verificar a possibilidade de melhorar a infraestrutura para que alguns dos problemas sejam sanados.