Com críticas de poucos vereadores governistas e de Willians Bezerra (PT) ao acordo entre tucanos e petista, o vereador Pedrinho Bottaro (PSDB) foi eleito como novo presidente da Câmara de Santo André, nesta terça-feira (4). O tucano considera que o “diálogo” do Legislativo foi mantido e que isso foi chave para sua vitória. PT domina mesa diretora.
A maioria dos vereadores utilizaram uma cola para indicar os seus votos. A maioria indicou seus votos para Bottaro, a vice-presidente eleita foi Bete Siraque (PT), o primeiro secretário eleito foi Alemão Duarte (PT), o segundo secretário foi Ronaldo de Castro (PRB) e o terceiro secretário será Luiz Alfredo (PT). Todos vão tomar posse no dia 1º de janeiro.
Fabio Lopes (PPS) foi o primeiro governista que “se rebelou” e indicou votos para Bottaro, Professor Minhoca (PSDB) para vice, Roberto Rautenberg (PRB) na primeira secretaria, Castro para a segunda secretaria e Zezão Mendes (PDT) para a terceira.
Minhoca também tomou o mesmo caminho deixando a maioria dos seus votos para tucanos. “Infelizmente o a estrela está ficando azul e o tucano tá ficando vermelho”, disse o vereador que indicou votos para Bottaro, Minhoca, Edilson Fumassa (PSDB), Castro e Rautenberg, respectivamente.
O terceiro a se rebelar foi Rodolfo Donetti (PPS) que escolheu Bottaro, Minhoca, Rautenberg, Castro e Zezão. Quem também criticou o acordo petista e tucano foi Willians Bezerra. “É triste ver que uma resolução do Partido dos Trabalhadores está sendo descumprida nesta Casa com petistas votando em tucanos”, disse o vereador que indicou seus votos para toda a bancada do PT.
Após a eleição, Professor Minhoca ironizou novamente a eleição. “Teve alguns tucanos que duvidaram do meu trabalho junto ao PSDB e hoje eu provei que faço um bom trabalho. Agora eu quero que o Márcio Canuto, nosso coordenador regional faça um relatório falando sobre o meu posicionamento”, disse o vereador em relação ao relatório feito por Canuto em relação ao posicionamento dos tucanos da região durante as eleições.
Para Eduardo Leite (PT) a votação desta terça foi apenas uma “continuidade” do acordo feito na eleição de 2017. “Queríamos eleger um presidente petista, porém, essa eleição é diferente, uma eleição fechada, então houve a continuidade do que já tinha ocorrido em 2016 (2017), nada que me causa estranheza”, disse o petista.
Sargento Lobo
Em protesto as gestões de Paulo Serra (PSDB) e de Almir Cicote (Avante), Sargento Lobo (SD) resolveu se abster de toda a votação. Durante a sessão, o vereador resolver fazer uma série de críticas ao Executivo e ao Legislativo, fato que causou uma discussão com Cicote que por algumas vezes tentou pedir ao colega de Casa que fizesse rapidamente seu voto, algo que não aconteceu.