Existe uma grande importância na questão das dívidas em que a Sama, de Mauá, e do Semasa, em Santo André, com a Sabesp. Os valores não são o único problema nas duas cidades, pois existem as consequências para os moradores que esperam por investimentos e soluções para o fim da falta de água e o devido tratamento do esgoto.
Quase todos os dias chegam à redação reclamações sobre falta de água ou problemas com esgoto, que de acordo com o bairro, nem o devido saneamento básico possui. Cada vez mais as críticas chegam e no final viram provas de que as consequências para o consumidor final da disputa não são levadas em conta, pelo menos na prática.
A Sabesp informa que está disposta a falar sobre as dívidas e o mesmo é ouvido por parte dos municípios. Não é de hoje que a informação é ouvida, porém a pergunta de US$ 1 milhão, ou no caso R$ 6 bilhões (a soma das duas dívidas segundo a autarquia estadual), é quando realmente será colocada na mesa a real intenção da negociação?
Devido ao recente histórico da Companhia de Saneamento Básico do Estado com outras cidades, como Guarulhos, São Bernardo e Diadema, que entregaram as respectivas companhias e viram os investimentos chegarem, todos sabem que a Sabesp quer o controle total da Sama e do Semasa. O fato é que não é segredo, porém a importância política das duas entidades só aumenta o tamanho do imbróglio.
Enquanto isso, os moradores aguardam que uma solução venha para que finalmente não tenham mais do que reclamar em relação ao saneamento básico e, assim possam, finalmente, ter um bom serviço que condiz com o tamanho das alíquotas que são pagas mensalmente. Que esses detalhes sejam levados em conta para que haja uma solução boa para todos os lados. Agora será que vão olhar para essas consequências? Só o tempo dirá.