Um dos maiores imbróglios da relação entre a Prefeitura de Mauá e o Governo do Estado, o Saneamento Básico será uma das pautas do encontro entre o prefeito Atila Jacomussi e o governador Márcio França (ambos do PSB), na próxima quarta-feira (21). O chefe do Executivo Municipal quer defender uma gestão tripla na área com a resolução da dívida do município com a autarquia estadual de R$ 1,5 bilhão.
Segundo Jacomussi, a iniciativa de uma gestão que seria dividia entre a Sama, Sabesp e a BRK Ambiental já foi explanada para o Governo do Estado, até mesmo com um projeto-piloto que a princípio envolveria investimentos para os bairros Jardim Oratório, Jardim Sônia Maria, Jardim Silvia Maria e Vila Santa Cecília, porém, não houve andamento.
“Nós só temos que levar para a direção da Sabesp, porém, eu já tive conversas com o pessoal da BRK que demonstrou interesse neste modelo, então será mais fácil. Temos que lembrar que a BRK é uma das acionistas da Sabesp”, disse o prefeito em entrevista ao RDtv, nesta quarta-feira (14).
Entre as principais expectativas do Poder Executivo Municipal é garantir investimentos na cidade que terminem com uma série de problemas do saneamento básico como a constante falta de água, principalmente nos bairros mais altos, locais com as maiores reclamações. “O que não pode é a população pagar a água e não ter água na torneira, e não ter investimentos. Ninguém aguenta mais isso”, falou Atila.
Outro objetivo é manter em funcionamento a Sama. A autarquia municipal é responsável por todo o serviço de água no município, sendo que a coleta e tratamento de esgoto é de responsabilidade da BRK Ambiental. A Prefeitura de Mauá é não seguir o caminho já realizado por Diadema e São Bernardo que entregaram as autarquias Saned e DAE, respectivamente, para a Sabesp.
A dívida da Sama com a Sabesp será outro assunto em pauta no encontro da próxima semana. Atila Jacomussi quer uma resolução sobre o valor devido, que segundo o prefeito, está na casa dos R$ 1,5 bilhão, apesar de até o ano passado o valor tinha chegado na casa dos R$ 2 bilhões, a segunda maior dívida da região metropolitana, perdendo para o Semasa, em Santo André, com R$ 3,1 bilhões.