O presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias, defendeu, em entrevista ao RDTv desta segunda-feira (12/11), a expulsão sumária de todos os membros do partido que subiram ao palanque do governador e candidato a reeleição derrotado no último dia 27, Márcio França (PSB).
Tobias também comentou sobre a saída do secretário de Segurança Alimentar, Atevaldo Leitão, da prefeitura de Diadema. Leitão foi exonerado do cargo, após diferenças com o prefeito Lauro Michels (PV), que não aceitou que seus comissionados apoiassem candidaturas diferentes das lançadas pelo governo.
Márcio Paschoal Giudício, o Márcio da Farmácia, (Podemos) e Regina Gonçalves (PV) foram os candidatos do governo Lauro Michels, sendo que o primeiro foi eleito deputado estadual e Regina, apesar dos 26.312 votos, não conseguiu o cargo de deputada federal. As diferenças de Leitão com Lauro, que começaram desde a escolha da chapa na eleição de 2016, culminaram nesta eleição quando o secretário apoiou o candidato Ramalho da Construção (PSDB), que não foi reeleito. Para governador Leitão ficou ao lado do candidato do seu partido enquanto o prefeito, que é ex-tucano, apoiou França.
Para Tobias essa já era uma situação prevista. “Eu acho que foi boa decisão, deveria largar faz tempo, porque PSDB, precisa achar um candidato em Diadema para daqui a dois anos”, minimizou o presidente estadual tucano.
O presidente estadual tucano voltou a defender uma limpeza no partido, tirando os que apoiaram abertamente a candidatura de Márcio França. “Se dependesse de mim expulsava dois prefeitos, três vereadores e três presidentes de partido. Eu acho que chega, não dá para brincar; integrante de partido que gravou vídeo com Márcio França deveria ser expulso sumariamente, sem direito ter a defesa. Tem muita gente traidora embaixo do pano, quando a esses a gente não pode fazer nada, mas cara que declarou apoio a Márcio França, chegando denúncias e provas concretas vindo do município, ele vai ter que ser expulso”, declara.
Pedro Tobias também palpitou sobre o cenário nacional, disse que o ex-governador Geraldo Alckmin não pensa em sair da legenda e que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai perder a sustentabilidade do seu mandato no primeiro ano de governo. “Bolsonaro, não vai durar um ano, só que se cassar ele quem fica no lugar é o general. Perde apoio no primeiro ano, porque mentiu muito. Essa eleição foi raivosa. Eu nunca fui a favor de Bolsonaro, sou a favor à reforma do país, apoio as reformas. o Bolsonaro não. Ele vai pegar o país quebrado, vai fazer reforma da previdência, vai só vai pegar pobre e militar, e ele não vai mexer com a família dele”.
Perguntado se vai cobrar do PSL um posicionamento em relação ao futuro governo João Doria (PSDB), Pedro Tobias disse que o apoio seria mais que justo. “Com o apoio que o Doria deu a ele seria o mínimo, fazer igual, mas ainda não vi esse apoio do PSL”, declarou. O PSL fez quinze deputados estaduais, graças a expressiva votação de Janaína Paschoal, que teve mais de 2 milhões de votos.
O dirigente estadual tucano também puxou a orelha de João Doria, que após quatro anúncios de secretários, apenas nesta segunda-feira (12/11) anunciou o primeiro posto ocupado por um tucano, o de Célia Leão, que vai para a pasta da Pessoa Com Deficiência. “Espero que sobre alguma secretaria”, finalizou.