Desempregados formam longa fila para tentar vaga no PAT em São Caetano

Fila contornou quarteirão do Atende Fácil, em São Caetano (Foto: Fernando Scerveninas)

Nesta sexta-feira (26/10), mais de 3 mil desempregados correram cedo para tentar garantir uma das mais de 700 vagas de emprego anunciadas no PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), em São Caetano, durante o Feirão do Emprego, realizado pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT), em parceria com a Prefeitura local. A fila começou ainda na madrugada e chegou a ter mais de 3 mil pessoas, que contornaram o quarteirão da rua Major Carlos del Prete, na esperança de obter vaga de auxiliar de limpeza, recepcionista, assistente administrativo e operador. Das 610 oportunidades, 200 eram para portadores de deficiência.

Segundo Eduardo de Jesus, diretor regional do PAT, todos que estiveram no local receberam  senhas para atendimento, que devido a grande procura foi estendido para a próxima semana, de segunda a quinta-feira, das 8h às 15h. “O PAT continuará com a captação de vagas disponíveis e a partir do momento que as filas forem zeradas o atendimento volta ao normal”, afirmou. As vagas são para toda a região e diversas instituições.

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Na fila, candidatos de todas as idades estavam em busca de emprego. Marcos Aurélio, 43 anos e morador em São Bernardo, está há um ano e meio desempregado e nesta sexta-feira era a terceira vez que voltava ao PAT de São Caetano para tentar recolocação. “O que aparecer está bom, sou pai e mãe da minha filha de 10 anos”, disse Aurélio, que chegou às 7h no local.

Erika Herrera, 30 anos, não consegue recolocação há três anos e chegou às 11h para tentar uma vaga. Ex-recepcionista, saiu anos atrás do emprego para cuidar dos filhos, mas até agora não voltou. “Já vim várias aqui e vou tentar qualquer coisa”, disse. Outro que aceitava entrar em outra área era Alexandre Bernardino, 33, de Santo André. Desempregado há 6 anos, é graduado em recursos humanos e é professor de canto, mas está sem trabalho. “Pode ser em RH, administração ou qualquer área que está bom pra mim”, afirmou Bernardino, que chegou às 8h no PAT.

Nair Silva, 55 anos e também de Santo André, está desempregada há dois anos. “Espero que me encaminhem a algum lugar”, disse a ex-recepcionista, que procurava vaga na área da saúde e estava na fila desde as 9h.

O cientista contábil Marcos Antônio, 59 anos e de Santo André, também estava na fila do PAT na esperança de conseguir emprego. “Fui demitido do último há um ano e meio por causa da crise, e até agora não consegui nada”, contou Antônio, que resolveu fazer curso de cuidador para tentar voltar ao mercado. “É a minha primeira vez no PAT, nem sei como funciona direito aqui”, disse o desempregado, que tinha centenas de candidatos na frente.

Uma das últimas da fila, por volta de 11h, Bianca Favaro, 23 anos e moradora de Ribeirão Pires, está há três anos desempregada. “Era recepcionista de um restaurante aqui em São Caetano e desde que sai não consegui trabalho, então qualquer coisa está valendo”, contou Bianca, graduada em Administração. (Colaborou Fernando Scerveninas).

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