Um dos dois deputados estaduais do ABC que foram reeleitos, Teonílio Barba (PT), defendeu que o governo do Estado deve ter maior articulação para a geração de empregos. Em entrevista ao RDtv, nesta quinta-feira (18), o petista também falou sobre as mudanças vistas no primeiro turno das eleições e nega que o Partido dos Trabalhadores tenha saído menor o pleito.
Barba reclamou que dos quatro projetos que conseguiu aprovar na Assembleia, todos foram rejeitados, como a proposta que visa melhorar a articulação entre o governo, o parlamento, universidades, sindicatos e empresários para conseguir gerar mais vagas no mercado de trabalho se levado em conta o potencial de cada região.
“Infelizmente o projeto foi vetado porque o governador acha que esse projeto tira o papel do governo, o que é mentira. Temos de melhorar a forma de ver essa questão do emprego. Não adianta pensar da mesma maneira para o ABC que tem uma indústria muito forte e pensar em uma cidade do Interior que tem como potencial a questão agrícola. Temos de detalhar da melhor maneira possível e é isso que eu tenho na propositura. Estou lutando para reverter esse veto”, explicou.
Para o deputado, outro ponto que pode ser usado para melhorar a geração de empregos na região é o fortalecimento do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e o retorno da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC. “O Consórcio não pode continuar do jeito que está. É uma instituição que deveria servir ao povo do ABC e não aos partidos. Temos de repudiar, por exemplo, a saída de Diadema. Eu já tentei contato com o Consórcio e quero ter mais contatos para ajudar a fortalecer a região”, afirmou.
PT
Eleito com 91 mil votos, Teonílio Barba negou que o PT tenha saído menor com a eleição de 10 parlamentares no Estado, contra os 14 que formam a atual bancada. “Ainda temos uma grande bancada em São Paulo e temos a maior bancada na Câmara Federal com 56 deputados e isso pode aumentar como houve a cláusula de barreira. Precisamos repensar algumas coisas, mas somos muito fortes”, afirmou.
Quando questionado sobre o futuro do partido levando em conta a eleição de 2020, principalmente em cidades onde o ex-candidato ao governo Luiz Marinho (PT) conseguiu um melhor desempenho, no caso Diadema e São Bernardo, o deputado estadual evitou o que chama de “antecipação”.