Nova balsa do Riacho começa a funcionar na terça

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A travessia João Basso, que liga o Riacho Grande ao bairro Tatetos, em São Bernardo vai receber a nova balsa, com maior capacidade, no próximo dia 16. A embarcação é a mesma que operava a travessia, mais foi ampliada e modernizada. Atualmente opera a travessia uma balsa menor, como forma de garantir o transporte enquanto a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) reformava a RG IV. Com a reforma a capacidade de transporte da embarcação dobrou, passando de 18 para 40 veículos e de 200 para 400 passageiros.

A Emae montou um esquema de transporte da balsa de seu estaleiro na Zona Sul da Capital até o local. A embarcação será levada pela água até a travessia João Basso. A troca das balsas, da que opera temporariamente e da renovada RG IV será feita durante a noite, a operação terá início às 22 horas do dia 15/10 e deve estar concluída até as 6 horas da manhã seguinte.

A obra incluiu ampliações na largura, no comprimento e na cabine de passageiros, além da pintura, troca de estruturas corroídas e reparo nos equipamentos. No total, para aumentar a capacidade de carga, o casco foi estendido de 12 para 18 metros na largura e de 35,80 para 41,20 metros no comprimento. Já o peso da balsa passou de 118 para 205 toneladas. Somente de aço, foram utilizadas 83,6 toneladas. A  empresa investiu cerca de R$ 2,5 milhões e mobilizou equipes próprias, em um total de 60 funcionários, que trabalharam 74 mil horas.

A entrega sofreu atrasos, o último prazo, 12/09, não foi cumprido. Em nota a Emae sustenta que “a reforma cumpriu o cronograma, mas a embarcação precisou passar por testes rigorosos de tração e nos sistemas hidráulicos que só puderam ser feitos após o procedimento de vistoria a seco e flutuando pela Marinha do Brasil”.

Segundo o prefeito Orlando Morando a nova bolsa, põe fim a um anseio dos moradores locais. “Este era um dos compromissos prioritários. Fizemos inúmeras reuniões e trabalhamos com intensidade para garantir este avanço. Vamos seguir em busca de melhores condições para a nossa população, em todos os setores”, destacou.

Morador há 34 anos do bairro, Oswaldo Fernandes, o Dinho, de 54 anos, considera um avanço e espera que acabem os problemas com a demora, as filas de carros e as quebras do equipamento. “Eu estou achando que vai melhorar, mas vamos esperar para ver”, comentou. Luiz Cruz, de 58, que vive na região há mais de três décadas disse que os moradores estão muito ansiosos, mas ele prefere a cautela. “Tem gente também que está com o pé atrás, afinal, já foram tantas promessas, que estamos cansados”. Para Cruz, uma balsa maior, pode não resolver todo o problema da demora de travessia. “Mais capacidade para carro também significa maior tempo de embarque e desembarque e como a área para isso é estreita, pode ser que continue demorando. Mas prefiro continuar acreditando que vai melhorar”, concluiu.

 

OPERAÇÃO

Além dos técnicos da Emae a prefeitura e a Polícia Militar disponibilizaram pessoal e recursos para garantir os serviços durante a troca das balsas.  Na área da Saúde, por exemplo, a Unidade Básica Santa Cruz, que atende a população do pós-Balsa, serão disponibilizadas duas ambulâncias, assim também como médicos plantonistas.

Para garantir a segurança,  a partir das 20h do dia 15/10, o efetivo de Guardas Civis Municipais e também de viaturas serão ampliado. A Guarda fará operação de apoio aos funcionários e também trabalhará em conjunto com o 40º Batalhão da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, em ação especial, para atender eventuais ocorrências.

A prefeitura vai se utilizar de uma via de serviço acessada na altura do quilômetro 37 da Rodovia Imigrantes. Por ela a prefeitura vai transportar os professores para garantir as aulas nas comunidades do Pós-Balsa. O município negociou o uso da via com a Ecovias, concessionária responsável pelo sistema viário, para garantir adicionais atendimentos.