Consórcio quer compromisso de Doria e França para obras da linha 18-Bronze

“Governo do Estado tem condição de iniciar a obra”, disse Morando (Foto: Divulgação/Consórcio ABC)

Na assembleia de prefeitos do Consórcio Intermunicipal Grande ABC realizada nesta terça-feira (9) foi acertada que a entidade vai procurar os dois candidatos ao comando do Palácio dos Bandeirantes, João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB), para que assinem uma carta compromisso prometendo que vão iniciar as obras da Linha 18-Bronze do Metrô (Tamanduateí-Djalma Dutra) ainda em 2019. A intenção é que ambos assinem o documento ainda nesta semana.

Para o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Orlando Morando (PSDB), as assinaturas dos candidatos é uma forma de cobrá-los para que a obra inicie no próximo ano. “Não tem mais nada que impeça qualquer tipo de obra. O edital foi feito, concluído e agora temos que iniciar a obra e esse tem quer ser um compromisso do próximo governador, pois se ele não tiver essa obra como prioridade, o Governo Federal não vai ter”, explicou.

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Morando será o responsável por conseguir a assinatura de Doria, algo que pretende fazer ainda nesta terça. Em relação à França, o prefeito de Ribeirão Pires, Kiko Teixeira (PSB), vai se reunir com o atual governador para conseguir o seu apoio. Não foi especificada uma data para que ocorra esse encontro. A intenção é que o documento tenha as duas assinaturas até o final desta semana.

Em entrevistas realizadas durante suas visitas à região no primeiro turno, tanto o tucano quanto o socialista prometeram tirar a obra do lugar. João Doria colocou o projeto como prioridade para o ABC e Márcio França quer iniciar a construção criando uma espécie de tributo futuro que pode ajudar na compensação dos danos que podem acontecer com a construção da linha.

Histórico

Em debate desde as eleições de 2008, o conhecido “Metrô do ABC” passou a ter um projeto mais concreto em 2013 quando foi assinado o edital pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o então prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Luiz Marinho (PT). Após uma série de problemas com a licitação, o Consórcio VemABC venceu o processo para a PPP (Parceria Público-Privada). A assinatura aconteceu em agosto de 2014.

Obra da Linha 18-Bronze deveria ser entregue neste ano (Foto: Divulgação/Consórcio ABC)

Com o custo inicial de R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 2,4 bilhões oriundos do Poder Público e o restante bancado pelo Consórcio, a Linha 18-Bronze não foi iniciada, pois o Governo do Estado aguardava uma ajuda do Governo Federal com o valor de R$ 50 milhões para as desapropriações, algo que não ocorreu pelos cortes realizados no início do segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) e também pelo raiting de São Paulo ser aquém do que o exigido para financiamento internacional.

O RD, em dezembro do ano passado, o diretor-presidente da concessionária, Maciel Paiva, admitiu que a burocracia em torno desta linha fez com que a projeção dos custos do VemABC fosse elevada para R$ 3,5 bilhões, ou seja, o custo para a obra seria reajustado para R$ 5,9 bilhões, um aumento de 22%.

A proposta da Linha 18-Bronze é que seu trajeto seja de 15,7 km com 13 estações iniciando com uma interligação com a estação Tamanduateí (Linha 2-Verde), passando por São Caetano, Santo André e chegando até o centro de São Bernardo, em sua primeira fase. A estimativa é que o modal transporte 314 mil passageiros por dia.

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