Pressão nos Treasuries e no câmbio aumenta e juros reduzem queda no fechamento

Os juros futuros desaceleraram ainda mais o ritmo de queda na última hora de negócios nesta quarta-feira, 3, batendo máximas e acompanhando o aumento da pressão nos Treasuries, cujos rendimentos hoje avançam com força, e também no câmbio. As taxas fecharam ainda em baixa, mas bem mais branda em relação às registradas na parte da manhã em reação aos dados da pesquisa Datafolha de ontem, que confirmou o fortalecimento nas intenções de voto no candidato Jair Bolsonaro (PSL) e trouxe salto de 9 pontos porcentuais na rejeição de Fernando Haddad (PT), além de vantagem numérica de Bolsonaro ante Haddad no cenário de segundo turno.

Numa sessão novamente marcada pelo forte volume de contratos, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 encerrou em 8,16%, de 8,186% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 fechou em 9,34%, de 9,395% ontem no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2023, que nas mínimas chegou a 10,56%, terminou em 10,73%, de 10,834% ontem no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou em 11,33%, distante da mínima de 11,14%, de 11,433% ontem no ajuste. O dólar fechou em baixa de 1,28% no segmento à vista, a R$ 3,8800 no segmento à vista, distante da mínima de R$ 3,8230.

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Os altos preços do petróleo e dados acima do esperado da economia americana levam a uma disparada hoje nos rendimentos nos Treasuries, em função da expectativa de aumento da pressão inflacionária que pode exigir aperto monetário mais firme pelo Federal Reserve. O juro da T-Note de dez anos marcava 3,17%, ante 3,055% no fim da tarde de ontem. O petróleo WTI negociado na Nymex fechou em US$ 76,41 por barril no contrato para novembro, o maior preço desde novembro de 2014.

Internamente, as atenções seguem concentradas na corrida eleitoral e o mercado agora quer conferir os números da pesquisa Ibope, que sai esta noite, na expectativa não somente de ver se endossam a melhora do desempenho de Bolsonaro apontada nas anteriores, mas também se autorizam apostas da vitória do capitão reformado já no primeiro turno. “Agora nem é mais confirmar a subida de Bolsonaro e a rejeição de Haddad, isso parece cristalizado, mas sim se a eleição pode se encerrar no primeiro turno”, afirmou o economista-chefe da Guide Investimentos, João Mauricio Rosal.

No Datafolha, a intenção de voto em Jair Bolsonaro (PSL) cresceu de 28% para 32%, enquanto Haddad oscilou de 22% para 21%. Ciro Gomes (PDT) permaneceu com 11%. No segundo turno, Bolsonaro cresceu de 39% para 44%, enquanto o ex-prefeito paulistano caiu de 45% para 42%. O registro da pesquisa no TSE é o BR-03147/2018.

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