Até o final deste ano, a prefeitura de Santo André deve ampliar o programa Moeda Verde em até 154%, atendendo a 35,6 mil pessoas, o que corresponde a mais de um terço dos moradores dos núcleos e assentamentos de Santo André. Através do programa os moradores trocam resíduos recicláveis por alimentos. Cada cinco quilos de resíduos resultam em um quilo de alimentos. A ampliação do programa foi feita nesta segunda-feira (17) pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André)
Segundo a prefeitura as novas regiões representam 21,6 mil pessoas a mais no programa. As trocas acontecem a cada 15 dias, das 14 às 16 horas. Nesta terça-feira (18) as trocas acontecem no núcleo Eucalíptos. Na segunda quinzena de outubro está prevista a implantação no Morro Vista Alegre (conhecido como Morro da Kibon). Os moradores dos núcleos Santa Cristina, Nova Esperança e Favelinha do Amor vão trocar os alimentos em novembro. Também serão atendidos os núcleos Jardim Cristiane e Gaturama.
Além destes bairros o Moeda Verde já atende os núcleos Ciganos, Capuava e Jardim Cipreste, beneficiando direta e indiretamente 14 mil moradores. Até o último dia 13 o programa já recebeu 28,5 toneladas de recicláveis e as pessoas levaram para casa 5,7 mil quilos de hortifrútis frescos.
Além da importância social da medida, a prefeitura colhe frutos da iniciativa, que conta com um investimento muito baixo, já que os alimentos são doados através do Banco de Alimentos. O prefeito Paulo Serra estimou ainda uma economia de R$ 1 milhão, economizado com a coleta de resíduos. “Daqui para o final do ano mais de 30 mil pessoas beneficiadas direta e indiretamente. Agora esse programa vira orgulho porque a comunidade se conscientiza. A partir do fim do ano teremos economia nos núcleos porque o trabalho de coleta destes resíduos vai diminuir”, explicou o prefeito.
Serra também destacou outro fator importante resultante do maior percentual de reciclagem, que é o aumento da vida útil do aterro sanitário da cidade. “A reciclagem ajuda na vida útil, o que é um aspecto econômico muito importante. Também tem a limpeza da cidade que melhora, e sobram lugares para serem utilizados nos núcleos, cria-se uma função social para espaços antes degradados”, comentou.
Hoje Santo André recicla 5% do seu lixo. O trabalho é feito através de duas cooperativas Coopercicla e Cidade Limpa, e há um projeto para ampliar a coleta, com uma terceira cooperativa, dobrando o percentual de resíduos reciclados.