Em sua primeira visita ao ABC desde o início da campanha eleitoral, em agosto, o presidenciável Ciro Gomes (PDT), fez uma caminhada pela região central de Mauá, nesta segunda-feira (10). Durante a entrevista coletiva, o candidato defendeu a repactuação federativa para ajudar os estados e municípios mais endividados. Mauá tem o quarto maior índice de endividamento do país, segundo a Federação Nacional dos Prefeitos (FNP).
Ao ser questionado sobre o que pode ser feito para Municípios como Mauá, que em julho decretou o estado de calamidade financeira, o pedetista afirmou a necessidade de redesenhar o chamado pacto federativo (série de regras que visam atribuir quais são as responsabilidades de cada ente e quanto deve ser atribuído para o cumprimento destas ações).
“Do jeito que as coisas estão, hoje, 17 dos 27 estados brasileiros estão quebrados. Eu tenho uma proposta para reestruturar isso. Vou começar pelo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais que são os três estados com a situação mais crítica, eu tenho concretas propostas para isso como a reestruturação do passivo previdenciário e indenização do calote que a União fez contra esses três estados. E os municípios, mais de 60% deles estão além do limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, falidos, já com um prejuízo grave. É preciso que a gente reestruture o sistema tributário”, explicou.
Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro já decretaram o estado de calamidade financeira, sendo que no caso carioca, houve a aprovação de intervenção militar na área da Pública. Sobre Minas Gerais, o Governo do Estado deve R$ 1 bilhão para entidades filantrópicas que realizam algum tipo de trabalho na área da Saúde Pública.
Adversários
Ciro Gomes também repudiou os ataques contra Marina Silva (Rede) e que aconteceram durante o debate eleitoral promovido pela TV Gazeta e o jornal O Estado de São Paulo, no último domingo (9). “Não precisamos desse tipo de atitude. Já pedi que parassem e já pedi desculpas para a Marina. É algo que não precisava acontecer, precisamos fazer algo em alto nível”, afirmou.
Sobre Jair Bolsonaro (PSL), Ciro não considera que haverá algum tipo de “vantagem” para o candidato após o ataque no qual foi vítima, na semana passada, em Minas Gerais. O pedetista reforçou o discurso de que espera a pronta recuperação do deputado federal e a sua volta à campanha antes do fim da mesma.