O candidato a governador de São Paulo, Luiz Marinho (PT), promoveu o lançamento do seu plano de governo em ato na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), em São Bernardo, nesta quarta-feira (5). Durante o discurso, o petista focou na possibilidade de repetir o cenário da eleição de 2008, quando tinha apenas 3% das intenções de votos e acabou eleito como o chefe do Executivo são-bernardense.
Acompanhado de sua vice, Ana Bock (PT), e dos candidatos ao Senado, Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto (ambos do PT), além de candidatos a deputado estadual e federal, Marinho relembrou o cenário eleitoral de 10 anos atrás e afirmou que existe a possibilidade real de conseguir o percentual necessário para ir ao segundo turno.
“Em 2008, eu tinha apenas 3%. Eu disse para vocês, nesse mesmo local, que poderíamos virar esse jogo e que poderíamos ir para o segundo turno, e isso aconteceu. Podemos fazer isso novamente, temos de nos esforçar em falar sobre tudo isso no Estado inteiro. Falar que podemos fazer a diferença e que podemos comandar esse forte Estado”, afirmou o ex-prefeito de São Bernardo.
Na última pesquisa Datafolha, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo e a TV Globo, e divulgada no dia 22 de agosto, Marinho aparece em terceiro lugar com 4%, a mesma porcentagem do atual governador Marcio França (PSB). João Doria (PSDB) lidera com 25% e Paulo Skaf (MDB) tem 20% das intenções de voto. A pesquisa foi registrada no TRE sob o número SP08612/2018. O Datafolha ouviu 2018 pessoas em 50 municípios e o grau de confiança é de 95%.
Também durante o discurso, o candidato fez críticas ao modelo da Educação em São Paulo, principalmente após a divulgação dos números do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Em relação ao ensino médio, o Estado a nota caiu de 3,9 para 3,8, número abaixo da meta estipulada pelo Ministério da Educação que é de 4,4.
“Toda essa nota baixa de São Paulo é culpa do governo do (Geraldo) Alckmin e do PSDB, que tanto fizeram mal para os alunos e para os professores de São Paulo. Como pode o Estado mais rico do País chegar nesse ponto? Não podemos admitir que isso aconteça e estamos lançando esse plano de governo exatamente para mostrar o que é necessário para melhorar o Estado”, afirmou.
Representantes do partido e do próprio Sindicato dos Metalúrgicos também demonstraram apoio a Luiz Marinho. O candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT) e a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, Manuela D’ávila (PCdoB), eram aguardados para o evento, mas durante a tarde desta quarta-feira (5) houve uma mudança nos planos. Ambos passaram o dia em campanha pelo ABC.