O Ministério da Saúde prorrogou, até dia 14 de setembro, a Campanha Nacional de Vacinação para os Estados e municípios que ainda estejam abaixo da meta de 95% de imunização entre crianças menores de cinco anos. Os locais terão mais 15 dias para ofertar as vacinas contra poliomielite e sarampo na rede pública de saúde. Até esta segunda-feira, 3, mais de 1,3 milhão de crianças não recebeu o reforço, enquanto 88% do público-alvo foi imunizado.
Em todo o País, foram aplicadas mais de 19,7 milhões de doses, cerca de 9,8 milhões de unidades para cada vacina. A campanha deste ano é indiscriminada, então todas as crianças da faixa etária devem se vacinar, independentemente de sua situação vacinal. “Vinte Estados ainda não atingiram a meta da campanha. Para estarmos protegidos contra a pólio e sarampo é preciso atingir a meta de 95% nacionalmente”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
A Secretaria de Estado da Saúde também confirmou a prorrogação para o Estado de São Paulo até o dia 14. Os dados são de que 2,2 milhões de crianças estão na faixa etária que deve ser vacinada (entre um ano e menores de cinco anos) e 1,8 milhão delas foi imunizada contra ambas as doenças. Nas próximas duas semanas, SP pretende alcançar cerca de 350 mil crianças ainda não vacinadas.
As doses de vacinas contra ambas as doenças seguem disponíveis nos postos. A estratégia prorrogação segue a recomendação do Ministério da Saúde. Cada município pode organizar suas estratégias conforme as necessidades locais, incluindo os que eventualmente já tenham atingido a meta.
O Estado já aplicou mais de 3,7 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, com imunização de 1.862.819 crianças contra pólio e 1.843.885 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios.
Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 340 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 360 mil contra sarampo.
A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos.
Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.
Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. Outros dois ‘Dias D’ ocorreram, respectivamente, em 18 de agosto e 1º de setembro.
Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.